quarta-feira, 28 de março de 2012

QUIROPRAXIA, ALINHAMENTO DAS VÉRTEBRAS


QUIROPRAXIA, ALINHAMENTO DAS VÉRTEBRAS


Jornalista Miguel Valdívia - especial para a Saúde na Internet
Dr. Ricardo Fujikawa é médico formado pela Faculdade de Medicina de Marília – SP, com residência em Medicina Interna e Hematologia/Hemoterapia. Atualmente é aluno do curso de graduação no programa de Doctor of Chiropractic (DC) e membro da diretoria da ABQ, com sede em Devenport, Iowa, EUA.
Marines Marchioro é Massoterapeuta, formada pela Escola ALTEN/RS com Especialização em Do-In (Juracy Caçado/RJ) e Massagem Bioenergética (Ralph Viana/RJ). Conselho Federal de Massoterapia número 1560.

A homeoestasis é o conceito básico com o que os profissionais da quiropraxia iniciam sua aproximação com o mundo das doenças do corpo humano. 

Como na maioria das disciplinas da medicina natural ou não tradicional, esta técnica parte do conceito que supõe que as doenças correspondem ao desequilíbrio do organismo humano que, por natureza, deveria estar sempre em harmonia. 

O nome quiropraxia provêem do grego quiros (mãos) e praxis (exercer, praticar) e sua historia, de pouco mais de um século, torna-a um dos mais novos ramos da medicina e de difusão mais rápida nos últimos anos nos Estados Unidos. 

Sua área de trabalho é basicamente a coluna e sua base científica, segundo explica o especialista Ricardo Fujikawa, baseia-se no fato de que através da coluna vertebral passam centenas de fibras nervosas que conectam os diferentes órgãos do corpo humano aos receptores do cérebro.

O problema aparece quando "a coluna vertebral sofre desalinhamentos o que provoca distensão dos ligamentos e músculos, ativando os receptores da dor e enviando sinais excessivos ao sistema nervoso", explica Fujikawa.

"-Imagine que estes desalinhamentos podem provocar o fechamento dos espaços entre as vértebras, pressionando os nervos que por ali passam, interrompendo o fluxo nervoso, evitando que o sistema nervoso receba as informações exatas dos orgãos como pessoas que ficam isoladas quando as linhas telefônicas são interrompidas", agrega.

Fora de Linha

As razões para que a coluna vertebral perda sua homeoestasis, nome do equilíbrio natural na quiropraxia, são diversas: golpes fortes, infecções, inflamações, problemas congênitos (genéticos), má postura, etc. 
Assim, adicionando todos esses fatores, as vértebras acabam inclinando-se, modificando sua posição original. 

A massoterapeuta Marinês Marchioro, explica em termos simples que a técnica baseia-se no restabelecimento da harmonia do corpo através do realinhamento da coluna vertebral. Para isso, usam-se técnicas manuais. 
O processo, completa Ricardo Fukawa, inicia-se com a anamnesis (historia do paciente contada pelo ele mesmo), continua com um exame físico da palpação, termografia e análise postural e, aliás, uma análise radiológica. 

O objetivo é encontrar as subluxações (desalinhamentos) das vértebras para poder ajustá-las no lugar devido. Segundo o especialista, "artigos científicos comprovam a eficácia dos ajustes quiropráxicos, demostrando também melhora considerável nas patologias neuromusculares, como enxaquecas lesões cervicais, etc. Esses trabalhos dão a base aos princípios da quiropraxia como ciência”.No entretanto, como toda ciência nova, a seriedade e a efetividade da quiropraxia tem sido colocadas em dúvida pela comunidade científica. 
Até aqui, a nova técnica só tem conseguido refutar parcialmente as críticas que lhe tem sido feitas com enquetes que demostram que as manipulações da coluna vertebral tem êxito na solução de muitas dores nas costas.

Historia

A historia desta técnica é muito nova, há apenas um século (em 1895) o canadense Daniel Palmer estabeleceu-se como magneto-terapeuta e atendeu o caso do zelador do prédio onde trabalhava quem, em quanto carregava um peso, tinha sentido um som nas suas costas seguido da perda de audição. 
No primeiro exame, Palmer viu que o paciente tinha um ferimento nas costas. Depois, notou que tratava-se de um desalinhamento da coluna vertebral e utilizando um processo de palanca, retorno-a a seu lugar original. Dias depois, o paciente voltou a ouvir. 

A partir desta descoberta, o filho de Palmer continuou as pesquisas em torno a quiropraxia e, posteriormente, fundou a Palmer School of Chiropractic, atualmente conhecida como a Palmer University. E a esposa do descobridor, tornou-se a primeira quiropraxista escrevendo o primeiro livro de anatomia humana dirigida a recém estriada especialidade.

Atualmente, para chegar a ser um quiropraxista devem-se estudar ao mínimo quatro anos nos quais abrangem-se matérias como anatomia, neuroanatomía, técnica pélvica, ajuste das extremidades, radiologia, biomecânica, técnica cervical, técnica Toggle e jurisprudência, entre outros.



QUIROPRAXIA: TRATAMENTO, PREVENSÃO E RECOMENDAÇÕES

O SEU TRATAMENTO
RECOMENDAÇÕES GERAIS:
- RECOMENDAÇÕES
- EXERCÍCIOS
- INSTRUÇÕES
- TERAPIAS COADJUVANTES
- DICAS DE POSTURA
- ERGONOMIA DA ESTAÇÃO DE TRABALHO
- POSIÇÃO DE DIRIGIR

RECOMENDAÇÕES 

Prepare-se: na maioria dos casos, leva-se cerca de 3 meses para que você saia da fase aguda e até 12 meses para que o disco intervertebral se recupere totalmente. Só a partir daí você poderá voltar a levar uma vida normal nas suas atividades usuais. Nas primeiras três semanas do tratamento, nosso objetivo é diminuir drasticamente a inflamação, controlar a dor e, principalmente, não provocar aumento da lesão já existente. Por isso, siga as recomendações abaixo criteriosamente:

1.Não fique sentado por tempo prolongado! Sentar aumenta a pressão dentro do disco intervertebral em até 11 vezes mais do que quando você se deita. Se seu trabalho exige que você fiquer muito tempo sentado, use um apoio lombar adequado.
2. Evite fazer movimentos que forcem demais a coluna vertebral, como flexionar o corpo para frente ou carregar peso demasiado. Se algum movimento provoca ou piora a dor, evite-o.
3. Se você está usando medicação analgésica há mais de uma semana e a dor não alivia, procure atendimento profissional. 
4. Alguns alimentos aumentam a inflamação e a dor. Aprenda quais são eles e evite-os. Beba bastante água mineral de boa qualidade. Evite doces, frituras, comidas gordurosas, refrigerantes, bebidas alcoólicas. Além disso, fumar aumenta a dor e acelera o desgaste dos tecidos. 
5. É importante compreender a seriedade da sua dor. Ela é um sinal de alerta de seu corpo. Não se apavore com eventuais pequenas recaídas durante seu tratamento. Elas são comuns e não significam que seu problema não está se resolvendo.
6. Preste atenção aos hábitos posturais e aos movimentos que aumentam a dor. 
7. Um colchão adequado é extremamente importante. Os colchões mais conhecidos não são, necessariamente a melhor opção. Se você precisar comprar um novo colchão, converse antes comigo. 
8. Não se preocupe tanto com a melhor posição de dormir. Durma da maneira que você se sentir mais confortável. Mas, por favor, evite dormir no sofá da sala enquanto assiste TV!
9. Evite sentar em poltronas e sofás moles demais. Uma cadeira firme é mais indicada.
10. Exercite-se com cuidado. Se for fazer alongamentos, faça-os sobre uma superfície plana ou sobre um tapete. Não se preocupe se sentir algum desconforto, mas se a dor for grande, pare e entre em contato comigo.

RECOMENDAÇÕES ADICIONAIS

Geralmente, um problema na coluna vertebral se corrige em quatro fases:

1. ALÍVIO 2. CORREÇÃO 3. ESTABILIZAÇÃO 4. MANUTENÇÃO

De toda forma, meu primeiro objetivo é aliviar sua dor ou desconforto. Algumas vezes, a dor pode se aliviar só com a primeira consulta, mas isso é uma exceção. Essa fase requer sessões mais freqüentes. A experiência clínica mostra que cerca de 30% dos pacientes sente alívio logo nas primeiras sessões, enquanto os restantes 70% requer um maior período de tratamento devido à natureza, gravidade e antiguidade do problema. 
Assim que a dor estiver controlada a continuidade do tratamento restaura a função articular, normaliza os tecidos moles (fáscias, ligamentos, tendões, etc), fortalece a musculatura enfraquecida e aumenta a flexibilidade.
Alguns pacientes confundem alívio temporário com correção permanente e não continuam o tratamento quando passam a se sentir melhor. Lembre-se, leva bastante tempo para que as causas de seu problema se corrijam e para permitir que os ligamentos e músculos afetados se reforcem e se adaptem à sua nova posição. Não ignore esse fato. Esperar o problema voltar para retomar o tratamento pode fazer com que seu problema se agrave.
A cada sessão sua coluna será reavaliada, o que poderá determinar recomendações adicionais, mas, enquanto isso, siga essas recomendações gerais:

1. Preste atenção aos seus pés. Visualize sua planta do pé, e observe que há três centros: um logo abaixo do hálux (dedão); outro logo abaixo da junção entre o 5º dedo (dedinho) e o 4º; e outro no calcanhar. Quando você está de pé, caminhando, correndo ou fazendo exercícios, preste atenção aos seus três centros. Tente manter uma distribuição equilibrada de peso entre os três centros e em ambos os pés.
2. Se precisar ficar de pé por tempo prolongado, alterne o peso do corpo entre uma perna e a outra, mantendo seu joelho entendido. Isso alivia o peso sobre os ligamentos do joelho e sobre os músculos lombares.
3. Comece a perceber quando seu esterno (o osso no centro do tórax) está fechado. Esse osso é a base da parte superior do corpo e determina a direção de nossa postura corporal. Devido às costelas, os pulmões são impedidos de se expandirem livremente, prejudicando a respiração. Além disso, quando o esterno está fechado, os ombros e a cabeça o seguem: os ombros se deslocam para baixo e para frente, e a cabeça e o pescoço se deslocam para frente. Resultado: problemas nos ombros, tensão no pescoço, dores de cabeça, etc. Aprenda a abrir o peito, deslocando os ombros para trás e permitindo que sua cabeça fique ereta.
4. Preste atenção em sua postura nas atividades do dia-a-dia, nas caminhadas, no carro, em frente ao computador, enquanto faz exercícios, etc. Vamos discutir juntos qual a melhor maneira de manter uma ótima postura. Se você dirige muito, ajuste o espelho retrovisor interno, e quando parar num sinal olhe novamente para ele. Se o campo visual mudou é hora de mudar sua postura.
5. Os exercícios recomendados ajudam a fortalecer os principais músculos posturais que dão suporte ao corpo, além de alongar os músculos freqüentemente encurtados devido à má-postura. Talvez você precise fazer exercícios com orientação profissional. Vamos discutir juntos qual a atividade física mais adequada para o seu caso. 
6. Um colchão mole demais ou com irregularidades pode forçar sua coluna. Evite travesseiros altos. Discuta comigo quais as melhores soluções para o seu caso.
7. Às vezes, a doença nos força a fazer escolhas. Observe que direção sua vida tomou. A dor é um dos sinais que nosso corpo usa para nos dizer que algo está errado. O que faz a maioria das pessoas: procura ajuda para aliviar a dor e continuar no caminho antigo! PARE!!! Reveja seus conceitos, mude seus hábitos, adote um novo estilo de vida, observe sua alimentação, saia do papel de “vítima injustiçada” e tome as rédeas de sua vida. Definitivamente!
8. A cura é um processo, não um evento mágico. A saúde é "um trabalho interno", o que significa que os componentes essenciais que a mantém (força vital, homeostase, regeneração e reparação) não são dados a nós por outros, mas nascem dentro de nós. Este poder curativo é inato aos organismos vivos, mesmo os mais complexos como o nosso. Ele nasce conosco e está presente dentro de cada um de nós.
9. Mas não lute contra o esforço de seu corpo em curá-lo. Assuma a responsabilidade sobre sua saúde e sobre como você pode influenciá-la: 

• Aceite a realidade de seu diagnóstico, mas se recuse a acreditar que sua vida nunca mais será saudável ou alegre.

• Não desperdice energia com remorso, sensação de culpa e não faça papel de vítima.

• Desenvolva a habilidade de dizer NÃO e DAR LIMITES. Cuide de seu território.

• Aguce sua sensibilidade para ouvir o seu corpo e suas necessidades.

• Mantenha uma expectativa favorável sobre o resultado de seu tratamento.

• Mantenha seu senso de humor e sorria mais.

• Seja paciente com suas expectativas e não espere solução da noite para o dia.

• Não acredite que um único fator irá curá-lo, mas sim uma combinação de fatores agindo na direção da cura.

Um provérbio chinês diz: “Uma caminhada de mil passos começa com o primeiro”.
Boa caminhada!

PROTOCOLO DE TRATAMENTO 

ENTENDENDO A DOR

Apesar da dor ser freqüentemente o resultado de um distúrbio no movimento das articulações, é, usualmente, a última coisa que acontece e a primeira coisa a desaparecer na subluxação. Quando uma pessoa sente dor, ela comete o erro de achar que, agora, ela está doente, ou que algo está errado agora, e não antes. Isto não é verdade. A dor é a última coisa que aparece. Quando o corpo responde com uma reação dolorosa, significa que o problema chegou a um ponto que não pode mais ser ignorado. A dor é o corpo gritando “eu não posso mais funcionar desse jeito, eu estou em apuros, socorro!”
Também, a dor, usualmente, desabilita a pessoa de fazer certos movimentos. É, novamente, o corpo dizendo “enquanto o problema não for corrigido e o movimento articular restabelecido, é perigoso fazer esse movimento. Aqui vai um estímulo (dor) que fará com que você não faça esse movimento”. A dor é, portanto, uma importante função do corpo para manter-se íntegro. A dor, freqüentemente, significa o que você não deve fazer para o problema piorar. Agora você entende que buscar alívio em analgésicos e antiinflamatórios, ao invés de ajudar pode até agravar o seu problema.

A SUBLUXAÇÃO

O Gray’s Anatomy – um dos mais importantes livros de medicina – (30º edição, página 5) diz: “A finalidade do sistema nervoso é controlar e coordenar a função de todos os tecidos, órgãos e sistemas do corpo”. Assim, a base científica do seu tratamento está fundamentada no livre funcionamento do sistema nervoso. Este é o meu objetivo principal: eliminar as interferências no sistema nervoso. Isto é feito através do Ajuste Articular, que atua no que chamamos de “complexo de subluxação vertebral”. Em termos simplificados, a subluxação ocorre quando uma determinada articulação não está se movimentando adequadamente. Essa alteração na mobilidade articular vertebral acaba por atingir as raízes dos nervos que saem da coluna vertebral, trazendo como conseqüência, alterações no impulso que trafega por essas fibras nervosas.
Para entender a importância disso, é só imaginar que nosso corpo possuiu cerca de 30 trilhões de células, trabalhando juntas em perfeita harmonia. E não existe uma só dessas células que não seja coordenada pelo sistema nervoso. O sistema nervoso envia suas informações através de uma rede de fibras nervosas – os nervos – que deixam o cérebro e descem pela coluna vertebral. Assim, uma das funções principais da coluna vertebral é abrigar e proteger essa delicada rede de fibras. Um única subluxação pode bloquear até 10.000 mensagens por segundo!. Com isso sofrem dezenas de órgãos internos (coração, glândulas, rins), centenas de músculos e uma infinidade de células.
Na década de 80, num estudo realizado pela University of Colorado, Seth Sharpless, Ph.D., Marvin Luttges, Ph.D., e seus colegas demonstraram que mesmo pressões minúsculas numa raiz nervosa (10 mmHg, o equivalente ao peso de uma pluma caindo na palma de sua mão), resultam numa queda de 50% na taxa de transmissão elétrica no nervo suprido por esta raiz. Com esse experimento, ficou claro que não é necessário ter um pinçamento do nervo, basta um estreitamento no local de sua saída do nervo para provocar alterações em seu funcionamento. Assim, subluxações não só causam problemas com os nervos, músculos, tendões e ossos, mas com os órgãos internos do corpo.

A MANIPULAÇÃO ARTICULAR

Qual uma articulação não se movimenta adequadamente, todos os componentes da articulação sofrem degeneração. Isto inclui músculos, tendões, cartilagens, ligamentos, cápsulas articulares e ossos. Assim, restabelecer o movimento articular normal é fundamental. E o principal procedimento utilizado no seu tratamento, é o ajuste articular, que é uma manobra na qual uma articulação é manipulada até o seu limite da mobilidade funcional, isto é, o limite de alcance (ou amplitude) do movimento. Quando a articulação é tensionada adequadamente, um “empurrão” de alta velocidade e baixa amplitude é empregado na articulação. Este movimento é acompanhado freqüentemente (mas não sempre) por um estalo. O efeito, deste tipo de ajuste articular é a restauração do movimento nas articulações restringidas ou fixadas.

A DEGENERAÇÃO DA CARTILAGEM ARTICULAR E DO DISCO INTERVERTEBRAL

Entender como se desenvolve a degeneração dos tecidos conjuntivos é fundamental para entender a causa das principais patologias do sistema musculoesquelético, como osteoartrite, artrose, degeneração do disco intervertebral, hérnia de disco, condromalácia, bico-de-papagaio, etc.
O primeiro ponto a ser entendido é saber o que é a cartilagem articular. Ela é uma cobertura lisa, quase transparente, que recobre as articulações. Ela funciona como uma capa protetora que protege as superfícies ósseas, impedindo o contato “osso com osso”. Você, com certeza, já viu uma cartilagem ao comer uma galinha assada.

Além da superfície lisa, há ainda o líquido sinovial, produzido pelas células da membrana sinovial. Esse líquido lubrificante ajuda a diminuir ainda mais o atrito entre as superfícies articulares, permitindo um movimento articular suave e com o menor desgaste possível.
Outra função importante da cartilagem articular é ser resistente o suficiente para proteger o osso subcondral, isto é, a porção óssea que fica logo abaixo da cartilagem, absorvendo o impacto e o peso do corpo.
Esta estrutura fantástica funciona adequadamente sob condições fisiológicas, entretanto, os traumas repetidos, as instabilidades musculares, o posicionamento incorreto e a sobrecarga articular, produzem erosão e destruição precoce da superfície da cartilagem. Sem a devida proteção, o osso subcondral é submetido a uma maior sobrecarga, e responde produzindo mais tecido ósseo (numa tentativa de dar conta da carga adicional), que se transforma nos osteófitos ou esporões. Quando isso ocorre na coluna, chamamos de “bico-de-papagaio”.

Como as superfícies não estão mais lisas, o atrito entre elas aumenta. Com este maior atrito, as células da cartilagem são destruídas, fazendo com que extravase seu conteúdo, inundando a área com substâncias pró-inflamatórias, e que acabam por irritar as terminações nervosas próximas à articulação, contribuindo para a dor. 
Um problema adicional é que, é o movimento articular que produz o líquido sinovial. Com a dor, a reação instintiva do corpo é diminuir o movimento, o que diminui a produção de líquido sinovial, que aumenta o atrito, que provoca dor, que diminui o movimento, etc., etc., etc. Instala-se o que chamo de espiral descendente, que segue na direção da degeneração progressiva. Quando o movimento articular se torna evidente, e a dor aparece de maneira constante, dizemos que há uma osteoartrite, comumente chamada de artrose.
A degeneração articular tem cura?
Ao contrário do que muitos já ouviram falar, a cartilagem pode se recuperar. Mesmo que não seja um processo fácil, nem rápido, o primeiro objetivo é estabelecer em que estágio da degeneração a cartilagem se encontra, o que podemos recuperar e o que já é irreversível. A terapêutica inicial é direcionada para impedir a progressão da degeneração. Em seguida, tentamos identificar distúrbios de movimento e/ou posturais que possam contribuir para a degeneração da cartilagem.
Mas, para entender como podemos recuperar a cartilagem, é importante fazer uma revisão de sua fisiologia.
A cartilagem é um tecido composto de células que são circundadas pela matriz extracelular (MEC). Composta de 60-80% de água, a MEC propicia um molde em forma de rede, onde as células se aderem e os tecidos podem se desenvolver. A porção seca consiste quase que inteiramente de colágeno, proteoglicanos e glicosaminoglicanos, sintetizados pelas células que formam a cartilagem, os condrócitos.
O colágeno é a proteína mais abundante no mundo animal, e sem ele, o ser humano seria reduzido a um conglomerado de células interconectadas por alguns neurônios. Essa rede de colágeno determina a elasticidade e a resistência à tensão da cartilagem. Sua produção depende da vitamina C, necessária para a hidroxilação da prolina em hidroxiprolina. Por esta razão, usamos a vitamina C e o colágeno hidrolisado na terapêutica da osteoartrose.
Os proteoglicanos e os glicosaminoglicanos (GAG) são depositados e fixados nesta rede, desempenhando um papel decisivo na fisiologia da cartilagem. Os proteoglicanos são moléculas grandes, que consistem de uma proteína central com várias cadeias de glicosaminoglicanos ligados a ela. Os GAG são dissacarídeos que contém grupos de sulfato (SO2) e carboxila (COO), moléculas que são carregadas negativamente (íons). Se você se lembra das aulas de química, íons (negativos) repelem outros íons, mas atraem cátions (positivos). Esses cátions, principalmente cálcio (Ca) e sódio (Na) são osmoticamente ativos, isto é, possuem a capacidade de atrair para junto de si as moléculas de água (H20). 
Outro elemento da MEC que ajuda a manter a água na cartilagem é o hialuronan, que forma um gel hidratado viscoso. Junto com os GAG’s, conferem ao tecido conjuntivo um turgor e o poder de resistir às forças compressivas, dotando a cartilagem de notável capacidade de amortecimento hidráulico, elasticidade, e a necessária lubrificação para seu funcionamento. 
Apesar de ter citado, até aqui, somente a cartilagem articular, esse processo é semelhante em outros tecidos conjuntivos, como o disco intervertebral (que é um tipo de cartilagem especializada).
Esse processo não é estático, mas sim dinâmico. A degeneração ocorre normalmente com as atividades cotidianas, e os condrócitos estão constantemente produzindo as proteínas que formam a MEC e mantém a cartilagem saudável. 
Mas, sob determinadas condições (micro ou macrotraumas, desequilíbrio ou sobrecarga postural, idade), a velocidade de degeneração ultrapassa a capacidade regenerativa. Gradativamente, ocorre uma diminuição da quantidade de glicosaminoglicanos, alterando a composição da MEC, com marcante perda de água, desidratação, e por fim, degeneração tecidual.
Por isso, o principal objetivo da terapia com regeneradores do tecido conjuntivo é auxiliar os condrócitos a manter a produção da MEC. O efeito a médio e longo prazo é normalizar o metabolismo dos tecidos conjuntivos, tais como cartilagem articular, ligamentos, tendões, cápsulas articulares e disco intervertebral, o que explica a significativa redução da dor. A formação de osteófitos é interrompida, e a recuperação da elasticidade da cartilagem auxilia no restabelecimento do movimento articular. Veja mais detalhes sobre a terapia com regeneradores logo abaixo. 

O TRATAMENTO

Para lidar com os problemas do sistema musculoesquelético, alguns tratamentos feitos em conjunto ou isoladamente podem ajudar no alívio dos sintomas, na estabilização do processo degenerativo e na recuperação dos tecidos lesionados. Abaixo, selecionei aqueles que freqüentemente uso em minha abordagem terapêutica.

MANIPULAÇÃO E AJUSTE ARTICULAR

O sistema musculoesquelético corresponde a 75% de nossa massa corporal. E além de interferir nos restantes 25%, é, de longe, a maior fonte de dor. Um dos principais instrumentos terapêuticos que para lidar com problemas do sistema musculoesquelético é a manipulação articular. Ela usa como princípio básico o conceito de que as articulações sofrem, ao longo de toda a vida, uma série de traumas, que levam a inflamações microscópicas nas articulações, ligamentos, cartilagem e discos intervertebrais.
Com o tempo, mesmo sem grandes traumas, esses microtraumas se acumulam, levando a pequenos, e às vezes imperceptíveis, espasmos e fraqueza muscular, que provocam desequilíbrio muscular. Esse desequilíbrio produz dor, que ajuda na movimentação das vértebras para fora de sua posição normal, provocando um mau funcionamento do sistema nervoso, devido à compressão dos nervos. Os sintomas podem não se manifestar até que todos os fatores se combinem. Portanto, os sintomas geralmente são a última coisa a aparecer em um problema vertebral.
O primeiro objetivo terapêutico é restabelecer o movimento das vértebras, o que ajuda a eliminar os sintomas. A continuidade do tratamento garante que o nervo esteja livre de compressões, corrigindo a função muscular anormal. Isto, por sua vez, ajuda a reduzir a inflamação na articulação, removendo a tensão nos ligamentos e discos intervertebrais.
O nível da recuperação dependerá do quanto de dano permanente já ocorreu nas estruturas envolvidas, a idade do paciente, há quanto tempo a lesão existe, se o problema que produz ou contribui com a lesão é removido e o tipo de tecido lesionado. Além disso, depende do seu compromisso em seguir minhas recomendações e da sua disposição em mudar seu estilo de vida. 

CRENOTERAPIA, REGENERADORES E PROTETORES DA CARTILAGEM

São nutrientes biológicos (e não drogas sintéticas) com ação farmacológica, também chamados de nutracêuticos. Podem ser usados por via oral (cápsulas e saches) ou injetável. Dentre vários destaco:

• Crenoterapia com o plasma marinho de Quinton: A crenoterapia consiste no uso de águas minerais com finalidade terapêutica atuando de maneira complementar aos demais tratamentos de saúde. O plasma marinho de Quinton não apenas é água do mar, é um nutriente marinho colhido de águas profundas, numa época apropriada, sob condições específicas, de um vórtex formado pelo fitoplâncton na costa da França. No Quinton encontramos um total de 83 elementos químicos biodisponíveis na forma de íons que atuam sinergicamente em nosso organismo. Além desta nutrição celular, o Quinton melhora a microcirculação capilar, o que aumenta a difusão de nutrientes para os tecidos, hidratando-os e melhorando a resposta aos regeneradores. Saiba mais sobre o Quinton em www.quinton.com.br e www.originalquinton.com 

• O uso de condroprotetores ou protetores da cartilagem permite a regeneração dos tecidos lesionados, como as cartilagens articulares e os discos intervertebrais. Além disso, possuem efeito antiinflamatório de longa duração, por modificar a expressão dos genes que produzem mediadores inflamatórios e substâncias proteolíticas nos tecidos lesionados. Dentre eles destaco: sulfato de glicosamina, sulfato de condroitina, ácido hialurônico (constituinte da matriz), DMSO e MSM (fontes de enxofre orgânico, que forma o íon sulfato), silício (fundamental para a síntese dos elementos da matriz) e o colágeno hidrolisado. Veja mais sobre condroprotetores em meu site www.quiropraxis.com.br
• Para os pacientes que não toleram a terapia injetável, a solução é usa um composto multimineral com colágeno hidrolisado, glicosamina e condroitina. Os resultados são mais demorados, pois a absorção da glicosamina por via oral é 5 vezes menor que a injetável, e a da condroitina é somente 10% do total ingerido.
ACTIVATOR

É um instrumento que produz um impacto controlado desenhando especificamente para ajustes articulares. Ele produz energia suficiente para movimentar uma vértebra (0,3 joules em 3 milisegundos) mas insuficiente para produzir uma lesão. Isso o torna útil no tratamento de crianças e idosos com osteoporose, ou quaisquer outras condições que contra-indiquem a manipulação articular direta.

FLEXION-DISTRACTION



Foi o quiropraxista norte-americano James Cox, que desenhou uma maca especialmente desenvolvida para esta técnica. Com ela, há uma tração (alongamento) associada com uma flexão, o que promove o alongamento do eixo axial dos segmentos envolvidos. Isso aumenta a altura do disco intervertebral, diminui a pressão intradiscal, aumenta a amplitude do forame intervertebral (por onde passam os nervos espinhais), aumenta a nutrição do disco e aumenta a mobilidade vertebral. Não confunda com a tração usada no passado. Associada ao trabalho quiroprático, o efeito da flexão-extensão é sobre cada segmento vertebral específico, e não numa coluna de vértebras.
Os trabalhos publicados mostram resultados promissores em vários problemas de difícil tratamento como a estenose de canal vertebral e para pacientes que não toleram a manipulação articular, além de ser um excelente coadjuvante no tratamento das patologias da coluna vertebral, como a hérnia de disco.

1. O espaço discal posterior aumenta em tamanho.
2. Diminui a protrusão discal e reduz a estenose vertebral.
3. Alonga o ligamento amarelo e reduz a estenose.
4. Amplia o canal vertebral em cerca de 2 mm (16%) e aumenta a extensão em 3.5 a 6 mm.
5. Aumenta o transporte de nutrientes para o disco intervertebral.
6. Aumenta a amplitude de movimento nas articulações vertebrais e reduz a estresse na porção posterior do disco.
7. A pressão intradiscal cai abaixo de 25mmHg para 192mmHg NEGATIVOS durante a flexão-extensão, criando uma sucção centrípeta de líquidos para dentro do disco, auxiliando a reidratação.
8. O forame intervertebral se alarga EM 28%, permitindo a livre passagem dos nervos espinhais.

[Referências: Cox JM, Feller JA, Cox-Cid JA: Topics in Clinical Chiropractic 1996; 3(3):45-59]
SACRO OCCIPITAL TECHNIQUE (SOT)

Também conhecida como técnica dos blocos ou Técnica Sacro-Occipital. Utiliza blocos em cunha colocados em posições específicas para “de-rotacionar” a coluna vertebral e o quadril, permitindo uma adequada conformação muscular e corrigindo o alinhamento postural. Os blocos podem ser colocados sob a pelve, a caixa torácica, as clavículas, num protocolo específico que permite o relaxamento muscular e das fáscias que recobrem os músculos. É útil também em certos casos agudos, onde a sensibilidade dolorosa impede qualquer tipo de manipulação. 

TERAPIA CRANIOSSACRAL

É uma técnica de manipulação cranial que usa como base a múltipla inter-relação entre a pelve e o crânio. A avaliação da meninge dural (que reveste o crânio e envolve toda a medula espinhal) é feita observando a amplitude de movimento da junção esfenobasilar, local onde ocorre o movimento entre o osso esfenóide e o osso occipital. Juntos, ambos os ossos correspondem a 2/3 da base do crânio, e servem de base para inserção de importantes estruturas cerebrais (foice cerebral, foice cerebelar e tentório cerebelar). 
Além disso, as conexões do esfenóide e do occipital com o osso temporal criam um forame por onde passam vasos sanguíneos e nervos para dentro do crânio. A terapêutica é feita através da palpação do movimento na sínfise esfenobasilar e a correção se houver alguma anormalidade. O paciente freqüentemente sente uma sensação profunda de relaxamento, um aquecimento da região e uma pulsação quando ocorre o balanceamento destas estruturas.

PALMILHAS

Seus pés são a base do corpo. Eles suportam você quando você fica em pé, caminha ou corre. E eles ajudam a proteger sua coluna, ossos e tecidos moles (ligamentos, músculos e cartilagens) dos danos provocados pelo impacto enquanto você se move. Seus pés trabalham melhor quando todos os seus músculos, arcos e ossos estão em sua posição ideal. 
Aliviar a dor em uma parte do corpo pode requerer tratar uma outra parte diferente. A dor que você sente em seu pescoço pode ser causada por um desalinhamento de sua coluna vertebral que por sua vez pode ser causada por um desequilíbrio no alinhamento de seus pés. A isto chamamos de reação em cadeia.

Por isso, muitas das vezes, para estabilizar e balancear os pés necessitamos de órteses, ou seja, palmilhas, para aumentar a performance e a eficiência do corpo, reduzir a dor e contribuir para um completo bem-estar. 
A Foot Levelers é uma companhia norte-americana criada a mais de 50 anos por um quiropraxista, e é reconhecidamente a que possui a melhor tecnologia na fabricação de órteses. Ela desenvolveu um sistema chamado de The Gait Cycle System que permite o suporte das estruturas que compõem os pés durante todas as fases da passada: fase de apoio, estabilização e impulsão. 
A fase de apoio começa quando o calcanhar toca o solo, e é o momento de maior pressão. A palmilha da Foot Levelers possui um sistema chamado Zorbacel que absorve o impacto. A fase de estabilização corresponde ao momento onde os pés estão tocando completamente o solo, e é a fase onde o sistema Stance Guard proporciona firmeza, flexibilidade e controle. A fase de impulsão começa quando os dedos impulsionam para sair do solo, e aqui atua o sistema Propacel que age como uma mola propulsora aumentando o impulso e diminuindo a fadiga. 
Através de um software especializado, eu posso analisar a maneira como você pisa e definir qual a melhor solução para o seu caso.

EXERCÍCIOS AERÓBICOS

“Movimento é vida”, diz um ditado. Assim, podemos dizer que, ao contrário, “falta de movimento é morte”. Manter-se ativo é um dos maiores agentes terapêuticos com ação em todos os órgãos e sistemas de nosso corpo. Cada caso deve ser criteriosamente estudado para indicar quais os exercícios mais adequados, mas seguem abaixo algumas dicas.
O mais utilizado exercício aeróbico, e quase sem contra-indicações, é a caminhada. Dê preferência às caminhadas ao ar livre, de preferência sob o sol da manhã ou do final de tarde. Procure um terreno plano e evite caminhar em terrenos inclinados (como na beira do mar), pois desequilibram o quadril e sobrecarregam as articulações. Cuidado ao caminhar na areia fofa, a não ser que você tenha um bom preparo físico e cuide bem na saúde de suas articulações. 
A bicicleta também é um excelente exercício, e ao contrário do que muita gente pensa, é adequada para quem tem problemas de coluna. O mesmo se aplica ao spinning, um ótimo exercício para quem precisa perder peso rapidamente.
A natação também está indicada, mas cuidado com algumas modalidades, principalmente para quem tem problemas na coluna cervical. A hidroginástica pode ser um bom exercício, mas não é adequada para todo mundo. Muitas vezes o ideal é começar com a hidroterapia.
A chave para se exercitar é ouvir o seu corpo, e não seu cérebro ou intelecto. Se você é saudável, de nada adianta caminhar lentamente durante 10 ou 15 minutos e acreditar que isso vai trazer algum benefício. Mas, se você está completamente descondicionado, com excesso de peso, com dor ou restrição de movimento, talvez esse seja o máximo que você pode fazer até que seu corpo se ajuste.
Outro aspecto importante a ser lembrado é que você deve abandonar o mito de que tudo o que importa quando se faz exercícios são as calorias. O que importa é a diferença entre sua taxa metabólica basal e a atividade física. Quando você está se exercitando não só você está queimando calorias imediatamente, mas também ajudando a reprogramar seu termostato para que queime calorias enquanto estiver em repouso. Uma rotina diária de exercícios é um dos principais fatores para alcançar o máximo de saúde.
Eu encorajo meus pacientes a gradualmente aumentar o tempo de exercícios para 60 a 90 minutos por dia, até que o peso ou a taxa de insulina se normalize. Uma vez estando no nível desejado, exercitar-se 3 ou 4 vezes na semana são suficientes. Veja mais sobre atividade física e saúde em meu site www.quiropraxis.com.br

EXERCÍCIOS ANAERÓBICOS

A partir dos 50 anos, começamos a perder cerca de 5% da massa muscular a cada anos. Por isso, para manter nossos músculos saudáveis e em condições de suportar o peso do corpo devemos fazer trabalhos de fortalecimento muscular.
O mais conhecido á a musculação, mas ela tem suas limitações. O levantamento de peso e os exercícios com repetições monótonas podem provocar sérias lesões em músculos e tendões. Além disso, freqüentemente os exercícios são feitos além da capacidade do seu sistema de controle motor. Eles podem até fortalecer, mas através da superutilização dos músculos fásicos superficiais (que fazem movimento) e não atingem os principais músculos estabilizadores profundos (posturais). 
Os problemas crônicos dependem de abordagens mais específicas e o processo de recuperação é mais demorado. O fator-chave nos casos crônicos é a perda do controle motor. Um simples estiramento muscular na região lombar leva à atrofia dos pequenos e numerosos músculos multífidos, mesmo que a dor desapareça rapidamente. Por isso, a necessidade de reabilitação de movimento. Mas, muitas das vezes, o desequilíbrio postural é tão grande que necessitamos de uma reprogramação. Dentre as várias técnicas posturais recomendo: Reeducação Postural Global (RPG); as técnicas de cadeias musculares de Godelieve Denys-Struyf (GDS) e de Leopold Busquet; a antiginástica de Thérèse Bertherat; e a posturologia de Bernard Bricot. Uma vez o corpo preparado, eu indico o Pilates.

PILATES

O Pilates é um complexo sistema de reabilitação e condicionamento físico desenvolvido por Joseph Pilates em 1923. Seu método de condicionamento físico e mental proporciona um completo treinamento que melhora a força, a flexibilidade e a consciência postural. Sua filosofia integra a mente com o sistema musculoesquelético, numa perfeita integração entre o físico e o mental.
Os exercícios do Pilates permitem o recondicionamento muscular, e sua natureza simétrica faz do método um excelente agente terapêutico. Além dos grandes músculos – freqüentemente trabalhados na musculação – o Pilates trabalha os pequenos grupos musculares profundos, responsáveis por boa parte da sustentação do nosso corpo, diminuindo assim a sobrecarga sobre os grandes grupos musculares. 
Os exercícios de Pilates são simples e inteligentes. Não há carga estática a ser levantada (como na musculação), mas o trabalho muscular é feito com molas e elásticos sob tensão constante. Como resultado, não há aquela hipertrofia muscular típica dos “malhadores” mas um músculo anatomicamente definido, e forte. Os aparelhos são desenhados para maximizar o resultado terapêutico.
Normalmente, são feitas de cinco a dez repetições de cada exercício, coordenados por uma respiração consciente e uma estabilização muscular preparatória. 
A progressividade nos exercícios não provoca dor muscular e os resultados são mais duradouros. Após algumas semanas, seu corpo encontra uma nova organização muscular, um novo eixo postural, e começa a se mover de uma maneira equilibrada durante as atividades cotidianas, e não só durante os exercícios. 
Os resultados dos exercícios terapêuticos mostram que o Pilates é uma ferramenta efetiva como coadjuvante no tratamento dos problemas do sistema musculoesquelético.
Atualmente, outras existem outras técnicas derivadas do método Pilates, com efeito igualmente benéfico, como o Gyrotonic e o Kinesis.

BIODANZA

Criada pelo chileno Rolando Toro na década de 60, é uma terapia que utiliza movimentos orgânicos associados à música. Longe de ser somente uma atividade dançante, a Biodanza é um sistema terapêutico completo que parte do princípio que todas as necessidades do ser humano podem ser concentradas em cinco grupos ou Linhas de Vivência: Afetividade, Criatividade, Vitalidade, Sexualidade e Transcendência. 
Para Rolando Toro, apesar de termos essas cinco dimensões, elas não se desenvolvem harmoniosamente com todo seu potencial:

• Podemos ter muita vitalidade, mas pouca criatividade, e vice-versa.
• Podemos ter um grande apetite sexual, mas nenhuma afetividade, e vice-versa.
• Podemos ser peritos no que fazemos, mas nos sentirmos desconectados do Universo.
• Podemos meditar com facilidade, mas termos dificuldade em expressar nosso amor por nosso parceiro ou por outro ser humano.
A proposta da Biodanza é estimular aquilo que nos falta na busca do equilíbrio,mas de uma maneira que não encontra paralelo em nenhum outro processo terapêutico.
Encontre mais informações sobre a Biodanza em www.biodanzario.com.br ou em meu site www.quiropraxis.com.br 

CONCLUSÃO

A melhora do seu problema se dará por um conjunto de abordagens. Quando você é ajustado através da manipulação articular, estou restabelecendo o movimento articular. Quando trabalho nos tecidos moles (músculos, fáscias, tendões, ligamentos, tecido subcutâneo), estou mudando a natureza destes tecidos e de tudo que está conectado a eles. Quando eu oriento sobre como se mover, estou mudando seus hábitos neuromusculares. Quando peço para mudar seu estilo de vida, estou quebrando um padrão de comportamento que interfere com todos os aspectos de sua vida. E por aí vai. 

ERGONOMIA DA ESTAÇÃO DE TRABALHO 


A. O terço superior do monitor deve estar no mesmo nível ou ligeiramente abaixo do nível dos olhos; a distância do operador deve ficar em torno de 50cm (Dica: normalmente é o comprimento do braço, do ombro até o punho).
B. Os punhos devem ser uma extensão natural dos antebraços, não angulados para cima ou para baixo. Não use apoio para o punho mole ou emborrachado. Nunca deixe o punho apoiado na borda (cunha) da mesa.
C. Ombros relaxados. Se possível, use uma cadeira com apoio para os braços.
D. Ajuste o encosto da cadeira para acomodar a curva normal da coluna lombar. Se a cadeira não tiver ajuste próprio, use um apoio lombar.
E. O teclado deve estar no plano da mesa e não voltado para você. Ele deve ficar posicionado na altura dos cotovelos.
F. Coxas paralelas ao chão.
G. Assegure-se de que os joelhos estejam livres e não pressionados pela borda do assento.
H. A cadeira deve ter 5 apoios deslizantes.
I. Os pés devem descansar firmemente no chão; use um apoio para os pés se necessário.
J. O documento a ser digitado deve estar em linha com a frente do monitor. A altura e o ângulo devem ser ajustados para o conforto do usuário.

POSIÇÃO DE DIRIGIR 


1. O apoio cervical deve ficar no nível do topo da cabeça, ou pelo menos à altura dos olhos.

2. Os braços não devem ficar esticados para alcançar o volante. Também não deve estar esticado para alcançar a alavanca de câmbio ou o rádio.

3. Mude a altura do volante para uma posição mais confortável .

4. O tecido do assento deve segurar o corpo nas curvas.

5. Ajuste o encosto para uma posição quase vertical. Isso leva a menos estresse na região lombar e reduz os efeitos da vibração.

6. Prefira assentos com apoio lombar, ou compre um apoio específico para dirigir.
7. Não deixe as pernas esticadas para alcançar os pedais. O ideal é um ângulo de 130°.

8. Faça pausas regulares em longas viagens. Faça a extensão da coluna sempre que sair do carro. 

AVISO: DOR CRÔNICA ENCOLHE O CÉREBRO

Se você sofre de dor nas costas, tome nota: Um estudo recente revelou que pessoas que sofrem de dor crônica nas costas por um ano pode apresentar uma redução na substância cinzenta do cérebro equivalente à quantia perdida pelas pessoas normais em 10 a 20 anos. Substância cinzenta é o tecido escuro do cérebro que é composto dos corpos dos neurônios; é o centro de "pensamento" do cérebro, responsável pela memória e pelo processamento de informações. 

Os pesquisadores compararam 26 pacientes que sofriam de dor crônica nas costas com 26 voluntários saudáveis. Os pacientes com dor tinham vários diagnósticos diferentes envolvendo o sistema musculoesquelético com radiculopatia (dor irradiada, entorpecimento e agulhadas causadas pela compressão das raizes nervosas). A diminuição normal da substância cinzenta em indivíduos normais é da ordem de 0,5 por cento por ano; entretanto, os investigadores descobriram que nos sofredores crônicos a diminuição encontrada foi de 11 por cento por ano. Além do mais, quanto mais tempo o quadro doloroso, mais substância cinzenta foi perdida.

Os pesquisadores concluíram "que dor crônica nas costas (mantida por pelo menos 6 meses) é acompanhada por um desequilíbrio da química normal de cérebro... implicando em perda de neurônios e disfunção nesta região, além de redução na capacidade cognitiva numa tarefa que implica no processamento da área pré-frontal." 

Embora pesquisas adicionais sejam necessárias, as conclusões deste estudo deve servir de aviso para aqueles que sofrem de dores crônicas, chamando a atenção para que procurem cuidado profissional o quanto antes. 

Se você faz seu tratamento regularmente com a Quiropraxia pode respirar aliviado. Mas, se você acha que suas dores não são nada, e prefere esperar ela piorar um pouco mais... acho melhor rever os seus conceitos.

Se quiser saber mais sobre o estudo leia "Chronic Back Pain May Shrink the Brain" em www.chiroweb.com/archives/23/03/08.html. 

Referência :Apkarian AV, Sosa Y, Sonty S, et al. Chronic back pain is associated with decreased prefrontal and thalamic gray matter density. The Journal of Neuroscience, Nov. 17, 2004 24(46):10410-10475.

GLICOSAMINA, CONDROITINA E OSTEOARTRITE

A osteoartrite, caracterizada pela degeneração da articulação, perda de cartilagem e alterações no osso subcondral, afeta atualmente mais de 40 milhões de brasileiros. Outros tantos são afetados por artrite reumatóide, tendinite, bursite, lesões e contusões esportivas e outros danos do tecido conjuntivo. O tratamento convencional é aliviar a dor tanto o quanto possível, enquanto os tecidos continuam se deteriorando. Mas atualmente já podemos recuperar a cartilagem desgastada. 

Nossos tecidos estão constantemente submetidos a tensões que os desgastam, e em condições normais, são restaurados durante o período de repouso. Com o passar dos anos a velocidade de reparação vai diminuindo, e os tecidos se desgastam mais rapidamente do que o corpo pode recuperá-los. Isto ocorre, por exemplo, com a cartilagem articular. A cartilagem é composta por substâncias produzidas por células chamadas condrócitos, que por sua vez são sintetizadas por outro grupo de células, os condroblastos. Os movimentos do dia-a-dia provocam a destruição de uma parte dos condrócitos, e em nosso período de repouso, a síntese de condroblastos mantém a saúde de nossas articulações. Quando a velocidade da destruição ultrapassa a capacidade da síntese, ocorre a degeneração da cartilagem articular. Se esse processo continuar, a destruição da cartilagem acaba por atingir o osso adjacente à articulação (osso subcondral) provocando sua erosão e o aparecimento de esporões, chamados de osteófitos. O resultado final é a dor, a deformidade e movimento limitado na articulação. E é esse o quadro que denominamos osteoartrite, ou simplesmente, artrite.

Durante muitos anos, a ciência acreditava que este quadro era inexorável, ou seja, todos nós estávamos destinados a sofrer com a osteoartrite com o passar dos anos. Entretanto, pesquisas recentes vêm confirmando que a suplementação com substâncias que estimulam a síntese de condrócitos interrompe a velocidade da degeneração, e inclusive, provoca a regeneração da cartilagem articular.

Estudos mais aprofundados mostraram que os condrócitos produzem um grupo de proteínas chamadas proteoglicanos, e dentro desse grupo, há um subgrupo conhecido como glicosaminoglicanos (GAG). Uma dessas substâncias é o sulfato de condroitina cujos estudos mostraram ter o poder de reparação da articulação degenerada melhorando sua função motora, reduzindo as dores e a inflamação. 

Outra substância importante para a manutenção da saúde articular é o sulfato de glicosamina, por sua ação como precursora e como estimulante da síntese de cartilagem. Isso torna a glicosamina a matéria-prima para a síntese dos GAG e dos proteoglicanos. Vários estudos clínicos mostram que a glicosamina pode ajudar a aliviar a dor e a rigidez articular causada pela osteoartrite. Outra vantagem da glicosamina é que, por ser uma molécula pequena, é de fácil absorção, sendo rapidamente assimilada pelo corpo e atraída pela cartilagem articular.

Um dos estudos mais significativos foi feito na Itália, onde 80 pacientes com osteoartrite severa foram hospitalizados por 30 dias. Eles receberam repouso e fisioterapia, mas nenhum medicamento. Metade dos pacientes tomou glicosamina e a outra metade, placebo. Como já comprovado em outros estudos, uma grande melhora foi observada no grupo tratado com glicosamina. Dez pacientes ficaram livres de sintomas. Não foi observada igual melhora no grupo tratado com placebo. Perto do fim do estudo, entretanto, amostras de cartilagem foram tiradas de alguns dos pacientes. Quando as amostras foram examinadas num microscópio eletrônico, a degeneração articular típica da osteoartrite, foi observada nas pessoas que tomaram placebo. Já a cartilagem dos pacientes tratados com glicosamina apresentou aspecto semelhante à de uma cartilagem sadia. Este trabalho é uma forte evidência de que a glicosamina é eficaz na recuperação da cartilagem. 

Outros estudos já tinham sido publicados mostrando que a glicosamina também é eficaz na prevenção da osteoartrite. Logo, não precisamos esperar pelo aparecimento de sintomas para iniciar o tratamento da osteoartrite. Além disso, também há fortes evidências de que este mesmo efeito seja encontrado no disco intervertebral (que na verdade é uma cartilagem), tornando a glicosamina um importante aliado no tratamento dos problemas do disco intervertebral.







A CURA DA OSTEOARTRITE: GLICOSAMINA, CONDROITINA E MSM

O que são:

Glicosamina, sulfato de condroitina sulfate e MSM (metilsulfonilmetano) são substâncias que existem naturalmente em nosso corpo. O sulfato de glicosamina é normalmente derivado de carapaças de caranguejos. O sulfato de glicosamina está disponível numa variedade de formas químicas, tal como hidrocloridrato de glicosamina e sulfato de glicosamina. O sulfato de condroitina geralmente é derivado de cartilagem de bovinos, mas porcos e frangos também podem ser fontes potenciais. Já o MSM é sinteticamente produzido. 

O que Fazem: 

Glicosamina e condroitina: Ambos são usados para diminuir a progressão da osteoartrite , isto é, a degeneração da cartilagem que existe entre os ossos de nossas articulações, além de auxiliar na supressão da dor. A glicosamina parece ter o efeito de promover a formação e reparação da cartilagem. A condroitina parece auxiliar na retenção de água, mantendo a elasticidade da cartilagem articular, além de inibir a formação de enzimas degradantes. Algumas formulações à venda nos EUA (ou em lojas de produtos importados), freqüentemente incluem as duas substâncias em combinação. 

MSM: 

É usado principalmente para tratar da dor associada à osteoartrite, mas alguns estudos mostram que ele pode ser eficaz como um potente antioxidante, para diminuir a dor muscular de atletas, diminuir os roncos, e para fortalecer unhas e cabelos. Todos esses efeitos ainda são objeto de estudo, e seu mecanismo de ação ainda não foi bem compreendido, mas parece estar ligado à molécula de enxofre contida em sua fórmula

Como agem:

Glicosamina e condroitina: ambas agem num grupo de proteínas chamado de glicosaminoglicanos (GAG), que são a substância básica da cartilagem. Eles dão à articulação sua resistência e elasticidade. Além disso, sua carga elétrica negativa retém vários cátions (moléculas com carga positiva) que são osmoticamente ativos (capacidade de reter água) como sódio e potássio. Ajudam assim a manter a cartilagem articular hidrata. 

Os estudos indicam que com o passar do tempo, a cartilagem perde a capacidade de manter os GAG em sua estrutura, o que acaba por provocar a perda dos cátions, e consequentemente da água contida na cartilagem. Daí o endurecimento da articulação aparece, a cartilagem começa a degenerar, o atrito entre as superfícies articulares aumenta, e o resultado final é o desgaste da articulação. À esse desgaste damos o nome de artrose, osteoartrose ou simplesmente artrite.
A molécula de glicosamina possui peso molecular baixo, o que permite sua rápida e eficaz absorção por via oral. Já a molécula de condroitina tem peso molecular maior, e alguns pesquisadores indicam seu uso pela via injetável. 

Vantagens:

Não existem relatos de efeitos colaterais ou reações adversas relacionados à glicosamina, à condroitina ou ao MSM. Eles não causam dependência química, e vários estudos de longo prazo (3 a 5 anos) mostram que eles podem ser usados por tempo prolongado. Por isso, se tornaram uma alternativa ao uso de antiinflamatório convencionais, cujos efeitos colaterais são maiores e não podem ser usados por tempo prolongado. Além disso, os antiinflamatório podem aliviar a dor, porém nada fazem para interromper o processo degenerativo. 

Porém, como se tratam de regeneradores de tecido, não espere resultados imediatos. Seu efeito é a longo prazo, mas eles devem ser usados enquanto ainda existe cartilagem articular, isto é, depois da destruição da cartilagem eles pouco podem fazer. Por isso, também podem ser usados profilaticamente, ou seja, você não precisa esperar o aparecimento de sintomas para começar a usar.
Existem trabalhos mostrando que a glicosamina pode ajudar na recuperação de discos intervertebrais lesionados, o que a faz um coadjuvante perfeito àqueles que se tratam com Quiropraxia.

Ficou entusiasmado? Eu e muita gente na comunidade médica e quiroprática também. Na sua próxima consulta, poderemos conversar um pouco mais sobre essas substâncias e se elas podem lhe ajudar.

Referências:
1. Antinociceptive Synergy, Additivity, and Subadditivity with Combinations of Oral Glucosamine Plus Nonopioid Analgesics in Mice - Ronald J. Tallarida, Alan Cowan, and Robert B. Raffa - Temple University School of Medicine (R.J.T., A.C., R.B.R.) and Temple University School of Pharmacy (R.B.R.), Philadelphia, Pennsylvania 
2. Glucosamine and chondroitin sulfate supplementation to treat symptomatic disc degeneration: biochemical rationale and case report. van Blitterswijk WJ, van de Nes JC, Wuisman PI BMC Complement Altern Med 2003;3(2):(published online 10 June 2003).
3. Glucosamine sulfate (GS) is a specific osteoarthritis modifying drug: the results of two independent 3-year randomized controlled clinical trials. Reginster JY, Henrotin Y, Pavelka K, et al. North American Menopause Society 12th Annual Meeting, Oct. 4-6, 2001, New Orleans, LA.
4. Glucosamine and chondroitin sulfate: biological response modifiers of chondrocytes under simulated conditions of joint stress.L Lippiello - Osteoarthritis Cartilage, May 1, 2003; 11(5): 335-42.
5. In vivo qualitative assessments of articular cartilage in the rabbit knee with high-resolution MRI at 3 T. -Didier Laurent, James Wasvary, Elizabeth O'Byrne, and Markus Rudin - Magn Reson Med, September 1, 2003; 50(3): 541-549.
6. Long-term effects of glucosamine sulfate on osteoarthritis progression: a randomized, placebo-controlled clinical trial JY. Reginster , R. Deroisy , LC. Rovati , et al. , Lancet , 2001, vol. 357, pp. 251--256 
7. The effect of glucosamine-chondroitin supplementation on glycosylated hemoglobin levels in patients with type 2 diabetes mellitus: a placebo-controlled, double-blinded, randomized clinical trial. Scroggie DA, Albright A, Harris MD Arch Intern Med 2003;163(13):1587-90. 
8. Structural and Symptomatic Efficacy of Glucosamine and Chondroitin in Knee Osteoarthritis: A Comprehensive Meta-analysis. Florent Richy, MSc; Olivier Bruyere, MSc; Olivier Ethgen, MSc; Michel Cucherat, MSc, PhD; Yves Henrotin, MSc, PhD; Jean-Yves Reginster, MD, PhD. Arch Intern Med. 2003;163:1514-1522. 
9. The Effect of Glucosamine-Chondroitin Supplementation on Glycosylated Hemoglobin Levels in Patients With Type 2 Diabetes Mellitus: A Placebo-Controlled, Double-blinded, Randomized Clinical Trial. Daren A. Scroggie, MD; Allison Albright, MD; Mark D. Harris, MD.
Arch Intern Med. 2003;163:1587-1590



ESTUDOS SOBRE QUIROPRAXIA

Um sumário de estudos e investigações oficiais publicados que documentam a eficácia e adequação do tratamento quiroprático voltado para a saúde.


SITUAÇÃO E RECONHECIMENTO DO TRATAMENTO QUIROPRÁTICO

Atualmente, a quiropraxia encontra-se firmemente enraizada na consciência pública como um agente primordial no gerenciamento do tratamento da saúde. De acordo com um estudo de 1990, publicado no New England Journal of Medicine, o número de visitas a profissionais de saúde não médicos totalizou 425 milhões, 9,5% a mais do que o número total de visitas a médicos de família (Eisenberg e cols., 1993). Um estudo subseqüente determinou que, em 1997, o total de visitas a profissionais não médicos somou 629 milhões, excedendo em 63% o total projetado de visitas a todos os médicos de tratamento de saúde em nível primário (Eisenberg e cols., 1998). Além disso, um estudo de 1998, publicado no New England Journal of Medicine, cita a quiropraxia como o tratamento não médico mais comumente utilizado (15,7%) (Astin, 1998)

A mudança nas preferências do consumidor concernente a tratamentos na área da saúde reflete-se nas coberturas de seguro-saúde. Especificamente, um estudo de 1999 revelou que a cobertura para tratamento quiroprático é "oferecida por quase dois terços de todos os planos de saúde (65%)" (Landmark, 1999). Ao serem questionados quanto às suas políticas em relação a terapias alternativas', 43% dos representantes de planos de saúde declararam que "não consideram a quiropraxia como uma terapia alternativa", mas como uma forma de tratamento tradicional na área da saúde.

A corporação RAND, uma organização de grande prestígio e sem fins lucrativos, especializada na elaboração de análises e pesquisas, desenvolveu vários estudos sobre quiropraxia. O Dr. Paul Shekelle, médico e pesquisador para a RAND, declarou: "Ao invés de pensar na quiropraxia como uma terapia alternativa ou algum outro tipo de terapia separada de outras modalidades de tratamento de saúde, deveríamos considerá-la equivalente" (Citado em Brin,1998).

O amplo uso da quiropraxia pela população e sua comprovada eficácia realçaram a profissão, estimulando a realização de estudos e pesquisas de destaque promovidos por governos e outras organizações dos Estados Unidos, Canadá, Europa, e outras áreas do mundo. Alguns dos trabalhos mais significativos são apresentados neste material. 

A EFICÁCIA DO TRATAMENTO QUIROPRÁTICO

Um número substancial de artigos e meta-análises foi produzido recentemente sobre a eficácia, satisfação do paciente e custo-benefício do tratamento quiroprático (Anderson, 1992). As pesquisas são consistentes ao relatar evidências substanciais de que o tratamento quiroprático é eficaz para dor aguda e crônica da coluna lombar e cervical (Bronfort, 1999; Van Tulder, Koes e Bouter, 1997; Aker e cols,, 1996; Hurwitz e cols., 1996; Shekelle e cols., 1992; Anderson e cols., 1992; DiFabio, 1992; Ottenbacher e cols., 1985). Muitos outros estudos indicam a eficácia do tratamento quiroprático para outros problemas não associados a dores cervicais e lombares.

Lombalgia Aguda

• Relatório do Departamento de Saúde Pública do Governo Americano: Em 1994, a Agência para Políticas de Tratamento de Saúde e Pesquisa publicou o relatório intitulado Clinical Practice Guideline 14-Acute Low Back Problelns in Adults - (Manual de Diretrizes Clínicas 14 - Lombalgia Aguda) (Bigos e cols., 1994). O guia define lombalgia, avalia vários tratamentos e faz recomendações em relação à eficácia desses tratamentos. De acordo com esse manual, a manipulação da coluna é um dos tratamentos mais seguros e eficazes para a maioria dos casos de dor aguda na coluna lombar. Os seguintes comentários editoriais foram publicados no Annals of Internal Medicine, com relação ao manual: "A Agência para Políticas de Tratamento de Saúde e Pesquisa (AHCPR, em inglês), recentemente, criou um marco histórico ao concluir que... a manipulação da coluna acelera a recuperação de dor aguda na coluna lombar e recomendou que essa terapia seja usada em combinação com ou como alternativa ao uso de drogas antiinflamatórias não hormonais... Talvez o mais significativo seja que o manual declara ... a manipulação da coluna oferece tanto o alívio da dor como a melhora funcional." (Micozzi, 1998, 65)

• Shekelle e cols. (1992): Médicos e quiropraxistas da Corporação RAND, Escolas de Medicina e Saúde Pública da Universidade de Los Angeles e de outras organizações de pesquisa conduziram uma revisão da literatura de 25 estudos clínicos controlados, bem como uma meta-análise de nove estudos, versando sobre o tratamento quiroprático em casos de lombalgia. A revisão foi publicada no Annals of Internal Medicine e concluiu, "a manipulação da coluna acelera a recuperação da dor aguda e sem complicações na coluna lombar".
Lombalgia Crônica

• Van Tulder, Koes e Bouter (1997), pesquisadores holandeses financiados pelo Conselho Holandês para Seguros de Saúde, coletaram e avaliaram evidências de 48 estudos clínicos randomizados e controlados, conduzidos internacionalmente, sobre o tratamento de lombalgia aguda e crônica.
Lombalgia em Geral

• Bronfort (1999) conduziu a revisão de literatura concernente à eficácia do tratamento quiroprático em casos de dor lombar. O autor encontrou "evidência de eficácia a curto prazo para a terapia manipulativa da coluna no tratamento da dor aguda da coluna lombar". Além disso, o autor descobriu que a combinação da manipulação e mobilização da coluna é mais eficaz no tratamento da lombalgia, quando "comparada a placebo e terapias comumente usadas, tais como o tratamento médico em geral" .

• Em um estudo apresentado em 1992, Anderson e cols., conduziram uma meta-análise de 23 casos clínicos controlados e randomizados, em relação à eficácia da manipulação no tratamento de dores na coluna. Os pesquisadores observaram "uma forte e consistente tendência de a manipulação da coluna produzir melhores resultados, do que qualquer outra forma de tratamento ao qual foi comparada". Em 86% dos resultados, a manipulação da coluna foi mais eficaz do que qualquer outro tratamento.

• Em um estudo conduzido pelo Ministério da Saúde de Ontario, o autor Manga e cols. (1993) relatou que a manipulação da coluna é o tratamento mais eficaz para as lombalgias e que a manipulação da coluna é "mais segura do que o tratamento médico para a dor da coluna lombar".

• Após a realização de um estudo em 1993, os pesquisadores Cassidy, Thiel e Kirkaldy-Willis, da Clínica de Dor da Coluna da Universidade Real de Saskatchewan, concluíram que "o tratamento da hérnia de disco intervertebral lombar, através de manipulação em postura lateral, é ao mesmo tempo seguro e eficaz" (Cassidy e cols., 1993).

• Um estudo conduzido pelo médico T.W. Meade, publicado no British Medical Journal, concluiu, após dois anos de acompanhamento dos pacientes, que "para pacientes com dor na coluna lombar, para os quais não haja contra-indicação quanto à manipulação, a quiropraxia praticamente garante benefícios compensadores e de longa duração, em comparação aos tratamentos hospitalares ambulatoriais oferecidos a pacientes" (Meade, 1990).

• Um estudo do estado da Flórida, analisando 10.652 casos de compensação empregatícia por falta ao trabalho, em 1988, foi conduzido pelo pesquisador Wolk e relatado pela Fundação para a Educação e Pesquisa em Quiropraxia. De acordo com Wolk, pacientes com problemas da coluna, tratados por quiropraxistas em vez de médicos ou osteopatas, tinham menos probabilidade de desenvolver lesões compensáveis (lesões resultantes em tempo de trabalho perdido e, portanto, demandando compensação) e também menor chance de hospitalização. Os autores explicaram que os quiropraxistas são mais eficazes ao tratar lesões da coluna lombar porque "o tratamento quiroprático, ao proporcionar maior ajuda ao paciente, no início do quadro, pode produzir resultados terapêuticos mais imediatos, permitindo, assim, reduzir o tempo de trabalho perdido" (Wolk e Steve, 1988).
Cervicalgia

• Hurwitz e cols. (1996), médico, e quiropraxistas da Corporação RAND e de várias outras instituições acadêmicas, realizaram uma revisão de literatura sobre tratamentos para dor cervical. Os autores concluíram que a manipulação é mais eficaz do que a mobilização ou fisioterapia no tratamento de alguns casos de dor cervical subaguda ou crônica e perceberam que "todos os três tratamentos são provavelmente superiores ao tratamento médico".

• Médicos e outros profissionais holandeses conduziram dois estudos clínicos randomizados, comparando os resultados de vários tratamentos para dor crônica da coluna. Um grupo submetido à manipulação da coluna foi comparado a grupos que receberam fisioterapia, tratamento realizado por um clínico geral ou placebo. Os autores encontraram melhora maior e mais rápida nos grupos que receberam manipulação da coluna (Koes e cols., 1992; Koes e cols., 1992a).

• Vários estudos (Howe, Newcombe e Wade, 1983; Verhoef, Page e Wadell, 1997) concluíram que a manipulação da coluna melhora a mobilidade cervical e diminui a dor. Do mesmo modo, Verhoef, Page e Wadell ( 1997) concluíram que "pacientes apresentando queixas de dor lombar e/ou cervical têm comprovado o tratamento quiroprático como um meio eficaz de resolver ou melhorar a dor e as deficiências funcionais".

Cefaléia

• Um estudo clínico randomizado e controlado, de autoria de médicos e quiropraxistas dinamarqueses, concluiu que a manipulação tem um "efeito positivo significativo" sobre a intensidade e duração de dores de cabeça de origem cervical, quando comparada com terapias manuais de tecidos moles (Nilsson, Christenses e Hartrigsen, 1997).

• Boline e cols. (1995) conduziram um estudo randomizado, comparando a manipulação da coluna com medicação para dor (amitriptilina) no tratamento de cefaléia tensional. Os autores concluíram que os analgésicos têm eficácia de curta duração, e apresentam efeitos colaterais, enquanto "quatro semanas após a conclusão da intervenção, o grupo que sofreu manipulação da coluna demonstrou redução de 32% na intensidade da dor de cabeça, 42% na freqüência da dor de cabeça, 30% no uso de medicamentos simples, e 16% de melhora funcional da saúde, como um todo. O grupo que recebeu a terapia por amitriptilina não demonstrou melhora alguma, tendo apresentado, inclusive, uma piora sutil."

• Em 1998, Hack e cols. relataram uma nova descoberta anatômica: pontes de tecido conectivo estabelecem uma ligação direta entre músculos cervicais e a membrana protetora do cérebro e da medula espinhal. Essa descoberta sugere uma provável conexão do tipo causa e efeito entre dores de cabeça e disfunção da coluna cervical. Os autores levantaram a hipótese de que o tratamento quiroprático de dores de cabeça, originadas por tensão muscular, é eficaz porque ele pode "diminuir a tensão muscular e, portanto, reduzir ou eliminar a dor, ao diminuir as forças potenciais exercidas na dura-máter, via conexão entre músculos e a dura-máter".

• Em 1998, Mitchell, Humphreys e O' Sullivan descreveram ligamentos do pescoço, conectados à base do crânio, nunca antes relatados. Essa descoberta tem implicações para a terapia manual no tratamento de dores de cabeça cervicogênicas, causadas por ligamentos danificados, principalmente em casos de traumas cervicais.

Síndrome do Túnel do Carpo

• Davis e cols. (1981) compararam o tratamento quiroprático na Síndrome do Túnel do Carpo ao tratamento médico não cirúrgico. O grupo quiroprático usou manipulação, ultra-som e suportes para o punho, enquanto o grupo tratado por médicos usou suportes para o punho e antiinflamatórios. Ambos os grupos tratados obtiveram melhora significativa. Os autores observaram que a quiropraxia representa uma alternativa de tratamento conservador para a síndrome do túnel do carpo, especialmente para pacientes "que não têm tolerância a antiinflamatórios".

Fibromialgia

• Blunt, Rajwani e Guerriero (1997) concluíram que o tratamento quiroprático de fibromialgia resultou em melhora clinicamente significativa nos níveis de flexibilidade e de dor. Os autores recomendaram que o tratamento quiroprático fosse incluído nas formas de tratamento multidisciplinar para a fibromialgia.

Cólica Infantil

• Klougart, Nilsson e Jacobsen (1989) publicaram um estudo prospectivo, feito em 316 crianças com cólica infantil. Os autores observaram que 94% das crianças apresentaram melhora aparente com tratamento quiroprático "em 14 dias após o início do tratamento". As crianças incluídas no estudo tinham cólica infantil de intensidade moderada a severa, sem outros problemas de saúde. Quando constatada a cólica, a média de idade dessas crianças era de duas semanas, enquanto que o início do tratamento ocorria quando elas apresentavam 5,7 semanas de idade.
Os autores concluíram que o tratamento quiroprático resultou "tanto na redução da duração diária do período de cólica como na diminuição do número de períodos de cólica por dia". Devido ao fato de a recuperação ter iniciado entre 5,7 e 7,7 semanas de idade, os autores acreditam que isso forneceu evidência substancial de que a melhora não poderia ser atribuída somente à "cessação natural de sintomas de cólica".

• Em um estudo de 1999, semelhante ao estudo sobre cólica de 1989 citado acima, Wiverg, Nordsteen e Nilsson concluíram que "a manipulação da coluna tem um efeito positivo de curto prazo sobre a cólica infantil". Os pesquisadores separaram aleatoriamente em dois grupos crianças que apresentavam sintomas de cólica infantil, mas sem outros problemas de saúde. As crianças de um grupo foram submetidas a tratamento quiroprático, enquanto as crianças do outro grupo foram submetidas a tratamento com o medicamento dimeticona, comumente utilizado no tratamento de cólicas infantis. O tratamento durou duas semanas em ambos os grupos. Os pais mantiveram um diário dos sintomas e do comportamento antes e durante o teste, para estabelecer dados que serviriam de base para o teste. As crianças no grupo submetido à quiropraxia exibiram "uma redução de 67% no número de horas com cólica, no 12° dia, o que se mostrou quase idêntico aos resultados do primeiro estudo. O grupo que estava recebendo dimeticona somente teve uma redução de 38%, a partir do 12° dia.

No grupo que estava usando dimeticona, vários pacientes tiveram de abandonar o teste, em decorrência da piora dos sintomas. Esses pacientes e os dados a eles correspondentes foram excluídos dos resultados, gerando um efeito estatístico global melhor para o grupo usuário de dimeticona, em relação ao que de fato ocorreu. Mesmo assim, os pacientes tratados com quiropraxia ainda exibiram melhora duas vezes maior no final dos testes, quando comparados ao grupo que recebeu dimeticona.

Os autores perceberam que "a manipulação da coluna é normalmente usada no tratamento de desordens músculo-esqueléticas, no entanto, os resultados desse teste deixam em aberto duas interpretações possíveis. Ou a manipulação da coluna é eficaz no tratamento de cólica infantil devida à alteração visceral, ou a cólica infantil é, de fato, uma desordem músculo-esquelética e não visceral, como normalmente se supõe".

Reabilitação Física

• Em um artigo, comentado por respeitados pesquisadores que empregam a manipulação na reabilitação da coluna lombar, Triano, Mcgregor e Skogsbergh (1997) declaram que "o alívio de sintomas e a melhora de flexibilidade obtidos através do tratamento quiroprático a tornam uma ferramenta valorosa, "ajudando e aliviando pacientes que passam por necessários programas de reabilitação. De acordo com os autores, não somente o tratamento quiroprático pode aliviar sintomas que obrigam os pacientes a interromper a terapia, mas também devolve a eles confiança para se movimentar, impedindo a cronificação do processo e encorajando-os a continuar a reabilitação. 

Evidência de Eficácia Comprovada nos Tribunais

• A validação do tratamento quiroprático, através de evidências apresentadas no sistema legal, desenvolveu-se a partir de uma ação antimonopólio apresentada por quatro quiropraxistas contra a Associação Médica Americana (AMA) e outras organizações ligadas à saúde nos Estados Unidos (Wilk e cols., V AMA e cols., 1990).
Após 11 anos de litígio, um juiz de uma corte de apelação federal manteve o julgamento de um tribunal distrital americano, que estabelecia que a AMA havia promovido um boicote, visando restringir a cooperação entre médicos e quiropraxistas, com a intenção de eliminar a quiropraxia como uma profissão competidora no sistema de saúde americano.
O juiz do tribunal distrital americano rejeitou a defesa da AMA sobre tratamento de pacientes e citou estudos específicos, que demonstram que "quiropraxistas são duas vezes mais eficazes do que médicos e fisioterapeutas, no tratamento e alívio de problemas neuromecânicos" ("Resposta da Suprema Corte ao Processo de Quiropraxistas, 1990 Chiropractors File Supreme Court Response, 1990"). O tribunal determinou que o tratamento quiroprático é terapêutico, baseado em evidências de que os quiropraxistas são particularmente eficientes em aliviar síndromes de dores severas e crônicas (de longa duração), além de dores de cabeça e problemas de estresse e tensão associados à gravidez.

A Relação Custo-Benefício do Tratamento Quiroprático

Para alguns problemas de saúde, a evidência da boa relação custo-benefício da quiropraxia é dúbia. Porém, a maioria dos estudos sobre o custo-benefício claramente indica que a quiropraxia apresenta melhor relação de custo-benefício do que outras opções de tratamento. Algumas discrepâncias naturalmente surgem, devido às várias estratégias utilizadas por pesquisadores na avaliação dos custos. Novas tendências de tratamento gerenciado e protocolos baseados em resultados servirão como estímulo para maiores estudos nesta área.

• Mosley, Cohen e Arnold ( 1996) concluíram que para pacientes que tiveram dores lombares ou cervicais, "o tratamento quiroprático foi substancialmente mais eficaz do que o tratamento convencional".

• Stano e Smith ( 1996) concluíram que "para ambos, pagamentos totais de pacientes em geral e pagamentos totais de pacientes externos, a média de custo dos primeiros atendimentos quiropráticos (US$ 518,00 e US$ 477,00, respectivamente) é significativamente mais baixa do que os atendimentos médicos (US$ 1.020,00 e US$ 598,00), sendo que grande parte da diferença em custos totais é devida a custos com pacientes internados" .

• Um estudo anterior de comparação de custos elaborado por Stano (1993) envolveu 395.641 pacientes com problemas neuro-músculo-esqueléticos. Resultados baseados em um período de dois anos mostraram que os pacientes que receberam tratamento quiroprático incorreram em custos significativamente mais baixos para o tratamento de saúde do que os pacientes tratados somente por médicos ou osteopatas.

• Em um estudo de 1998, Manga e Angus aconselharam veementemente o governo da província de Ontário, no Canadá, a facilitar o pagamento de tratamento quiroprático pelo governo, o que permitiria um tratamento rápido e adequado para a população que mais necessita desses tratamentos, mas que tem menor poder aquisitivo: pacientes idosos e de baixa renda. Uma vez melhorado pelo governo o acesso público ao tratamento quiroprático, "a economia direta em benefício do sistema de saúde de Ontário pode chegar até mesmo a US$ 770 milhões, com grande probabilidade de atingir o número de US$ 548 milhões, ou no mínimo uma economia de US$ 380 milhões. A economia correspondente em custos indiretos - calculada a partir de períodos curtos e longos de inatividade - é de US$ 3,775 bilhões, US$ 1,849 bilhão e US$ 1,225 bilhão".

• Em um estudo feito na Austrália sobre dispensas de trabalho causadas por dor nas costas, Ebral (1992) concluiu que o número de casos tratados por quiropraxistas que necessitavam de dispensa no trabalho era igual à metade dos casos tratados por médicos. A probabilidade de uma dispensa do trabalho atingir 90 dias ou o estado crônico chegou a ser três vezes mais provável com o tratamento médico do que com a quiropraxia.

• Um relatório de 1992, baseado em dados de mais de 2 milhões de pacientes de quiropraxia nos Estados Unidos, relatou no Journal of American Health Policy que "pacientes de quiropraxia tendem a ter custos totais substancialmente mais baixos em tratamentos de saúde," e que "o tratamento quiroprático reduz tanto o uso do serviço médico quanto o tratamento hospitalar" (Stano, Ehrhart e Allenburg 1992).

Satisfação do Paciente com o Tratamento Quiroprático

• Um estudo de 1998 relatou que a quiropraxia é o tratamento não médico mais freqüentemente usado e proporciona alta satisfação aos seus usuários: "Praticamente todos os pacientes tratados por um quiropraxista declaram-se satisfeitos com o seu tratamento; três quartos (73%) declaram-se 'muito satisfeitos' e 23% declaram-se 'razoavelmente satisfeitos"' (Landmark, 1998).

• Um estudo publicado no Western Journal of Medicine, comparando pacientes tratados por quiropraxistas e por médicos de família concluiu que os pacientes sob tratamento médico apresentavam uma taxa maior de dias de impedimento de trabalho (média 39,7) do que pacientes tratados por quiropraxistas (média 10,8). Os autores determinaram que "pacientes sob cuidados de quiropraxistas estavam 'muito satisfeitos' com o tratamento que recebiam para dor na coluna lombar e constituíam um percentual três vezes maior do que o número de pacientes de médicos de família (66% para 22%)" (Cherkin e MacCornack, 1989).

• No Canadá, Manga e cols. (1993) relataram a satisfação do público com o tratamento quiroprático: "Pacientes de quiropraxistas apresentam grande satisfação com o tratamento recebido para dores na coluna... Todas as categorias da amostragem pesquisada consideraram que os quiropraxistas são mais atenciosos e cuidadosos, mais acessíveis, convenientes e disponíveis; com muito menor emprego de terapia à base de drogas e com menos probabilidade de criar novos problemas ou piorar problemas antigos" .

Trabalhos Citados:

1.
Aker, Peter D., Anita R. Gross, Charles H. Goldsmith and Paul Peloso. 1996. "Conservative Management of Mechanical Neck Pain: Systematic and Meta-Analysis." British Medical Journal 313 (23 November): 1291-1296
2. Anderson, Robert, William C. Meeker, Brian E. Wirick, Robert D. Mootz, Diana H. Kirk and Alan Adams. 1992. "A Meta-Analysis of Clinical Trials of Spinal Manipulation." Journal of Manipulation and Physiological Therapeutics 15, no. 3:181-194
3. Austin, John A. 1998. "Why Patients Use Alternative Medicine". Journal of the American Medical Association 279, no. 19:1548-1553
4. Bigos, Stanley J., O. Richard Bowyer G. Richard Braen, et al. 1994. Acute Low Back Problems in Adults: Clinical Practice Guideline No. 14. AHCPR Publication No. 950642. Rockville, MD: Agency for Health Care Policy and Research, Public Health Service, U.S. Department os Health and Human Services.
5. Blunt, Kelli L., Moez H. Rajwani and Rocco C. Guerriero, 1997. "The Effectiveness os Chiropractic Management of Fibromyalgia Patients: A Pilot Study." Journal of Manipulative and Physiological Therapeutics 20, no. 6:389-399
6. Boline, Patrick D., Kassem Kassak, Gert Bronfort, Craig Nelson and Alfred V. Anderson, 1995. "Spinal Manipulation vs. Amitriptyline for the Treatment of Chronic Tension-Type Headaches: A Randomized Clinical Trial." Journal of Manipulative and Physiological Therapeutics 18, no. 3: 148-150.
7. Brin, Dinah Wisenberg, July Credits Chiropractors with Right Procedures," The Scranton Times, 14+.
8. Bronfort, Gert. 1999. "Spinal Manipulation: Current State of Research and Its Indications." Neurologic Clinics of North America 17, no. 1: 91-111.
9. Cassidy, J. David, Haymo W. Thiel and William H. KirkaldyWillis. 1993. "Side Posture Manipulation for Lumbar Intervertebral Disk Herniation." Journal of Manipulative and Physiological Therapeutics 16, no. 2: 96-103. 



EVIDÊNCIAS DA EFICÁCIA E DA RELAÇÃO CUSTO-BENEFÍCIO

Não é exagero afirmar que a profissão da quiropraxia existe hoje, e deve seu crescimento e desenvolvimento graças à sua eficácia no tratamento de pacientes com dores nas costas. Nos Estados Unidos e Canadá, 1 em cada 3 pessoas que consultam um profissional de saúde para dor nas costas, escolhem um quiropraxista.

Se há alguns anos só podíamos nos basear na experiência clínica e no resultado de cada paciente individualmente, há agora sólidas evidências da eficiência e da relação custo-benefício positiva com tratamento quiroprático. Além disso, pesquisas independentes sobre a opinião de pacientes tratados com quiropraxia para dores nas costas apresentam um nível de satisfação muito superior àqueles que se submetem ao tratamento médico tradicional.

Em 1993 o Governo de Ontário, Canadá, contratou economistas da Universidade de Ottawa, especializados na área da saúde, para publicar um relatório baseados no corpo de evidências internacionais existentes sobre o tratamento de dores nas costas com quiropraxia. Estas são as conclusões do relatório:

"Do nosso ponto de vista, as numerosas evidências sobre:

a. a eficiência e o custo-eficiência dos cuidados com quiropraxia para a dor lombar;
b. a não testada, questionável ou prejudicial natureza de muitos métodos terapêuticos utilizados atualmente em medicina;
c. a eficiência econômica do tratamento com quiropraxia para dor lombar, comparada com o tratamento médico;
d. a segurança do tratamento com quiropraxia;
e. os altos níveis de satisfação expressos por pacientes de quiropraxistas;
juntas, representam provas mais que suficientes a favor de um uso muito maior do atendimento com quiropraxia no tratamento da dor lombar."
Estas conclusão, presente no "Relatório Manga" , foi subseqüentemente aceita pelo Governo do Canadá. Os resultados publicados foram endossados no ano seguinte pela publicação de diretrizes clínicas para o tratamento de pacientes com dores nas costas, publicadas independentemente e patrocinadas pelos governos dos Estados Unidos e Reino Unido.
Nos últimos 20 anos, várias pesquisas sobre dor nas costas, publicadas em várias revistas médicas ressaltaram os seguintes fatos:

1. A dor nas costas é muito comum: 85% das pessoas sofrem uma crise de dor nas costas que as torna temporariamente incapacitadas, durante suas vidas. A qualquer momento, 7% da população adulta está sofrendo uma crise de dor nas costas, que pode durar 2 semanas ou mais. A dor nas costas é a segunda principal causa, depois das doenças respiratórias, pela qual os pacientes buscam cuidados de profissionais da área da saúde. Atualmente, sabe-se que a dor nas costas é comum desde a adolescência - um novo estudo dinamarquês relata um grande aumento da incidência entre as idades de 12 e 14 anos; adicionalmente, 50% dos pacientes do sexo feminino tiveram seu primeiro episódio de dor nas costas aos 18 anos, enquanto 50% dos jovens do sexo masculino apresentam o primeiro episódio aos 20 anos.

2. A maioria dos casos de dores nas costas é causada por problemas mecânicos em articulações e músculos: mais de 90% dos casos de dores nas costas, incluindo distensões musculares e ligamentares e dor nas costas causadas pelo uso e desgaste do corpo durante a vida, são causadas por patologias funcionais (p.ex.: restrições dos movimentos articulares, rigidez, fraqueza muscular ou pontos-gatilho no músculo, ou compressão de nervos), ao invés de patologias estruturais (p.ex.: doenças, tumores, fraturas, hérnias de disco).

3. A dor nas costas é altamente incapacitante e cara: a dor nas costas é o mais freqüente e mais caro problema da área da saúde na faixa etária entre 30 e 50 anos de idade e é a causa mais comum de perda de dias de trabalho e incapacitação. Na América do Norte, comitês responsáveis pela compensação de trabalhadores relatam que em 30% dos casos, os motivos declarados são lesões nas costas, mais do que o dobro do que qualquer outra categoria. Adicionalmente, estas lesões representam entre 50 e 60% do custo total, devido ao alto custo de tratamento de dores nas costas que se tornam crônicas. Em 1985, os comitês responsáveis pela compensação de trabalhadores dos estados Unidos gastaram 6 bilhões de dólares com custos relacionados a dores nas costas associadas a atividades profissionais.

4. Há décadas a incapacidade e as despesas causadas por dor nas costas vem crescendo muito mais rapidamente do que o crescimento populacional, atingindo atualmente níveis epidêmicos: Entre 1971 e 1981, a população dos Estados Unidos cresceu 12,5%, mas a população que apresentou incapacidade devido a dores nas costas cresceu 168% - 14 vezes mais rápido que a população. No Reino Unido, episódios de incapacidade por 1.000 pessoas por ano, aumentaram dramaticamente de 1954/55 (21,7 para homens, 8 para mulheres) a 1980/81 (58,2 para homens, 44,7 para mulheres). No mesmo período, dias de ausência do trabalho devido a dor nas costas aumentaram cerca de 350% para homens (de 506 para 1.882 dias) e cerca de 500% para mulheres (de 509 para 1.062 dias). Por volta de 1993, a OMS reconheceu que este crescimento caracterizam uma epidemia.

5. A dor nas costas não tem sido bem compreendida e tratada pela medicina tradicional:

a. "O tratamento da lombalgia representa o gasto com a pior relação custo-benefício na área da saúde de que tenho conhecimento." - Charles Burton, neurocirurgião, Mineápolis.
b. "Não fomos honestos com nós mesmos no passado, quando apoiamos protocolos baseados em meses de tratamento com aplicação de modalidades passivas, que não podem oferecer benefícios em longo prazo. Não fomos justos com nossos pacientes quando enfocamos prioritariamente a dor, e não a função. Nós confiamos apenas na ciência que nos é disponível para o tratamento de alterações estruturais... chegou a hora de deseonvolver princípios racionais de tratamento." - Vert Mooney, ortopedista, San Diego
c. "A medicina moderna pode tratar com sucesso muitas patologias vertebrais sérias e síndromes de compressão nervosa persistente, mas falhou completamente na tentativa de curar a grande maioria dos pacientes com dores lombares simples." - Gordon Waddell, ortopedista, Glasgow
d. "Na realidade é possível que ironicamente, disfunções nas articulações sacro-ilíacas sejam a principal causa de disfunção lombar, bem como o principal fator responsável pela ocorrência de alterações degenerativas do disco intervertebral, as quais, que por sua vez, podem levar à hérnia de disco." - Joseph Shaw, ortopedista, Topeka

Estudos sobre a Quiropraxia

• Dor Lombar

O estudo clínico mais influente, devido ao seu tamanho, metodologia científica, independência e resultados, foi realizado por Meade, e publicado no British Medical Journal, em 1990 , com resultados em longo prazo publicados em 1995 . Este foi um grande estudo (741 pacientes), multicêntrico (11 clínicas em todo o Reino Unido) controlado e randomizado, cujo objetivo foi comparar o tratamento quiroprático comum e o tratamento médico/fisioterápico para pacientes com dor lombar de origem mecânica. 
O tratamento realizado foi deixado à discrição dos profissionais envolvidos, com a limitação de no máximo 10 tratamentos durante 3 meses. 
A medição dos resultados foi objetiva (i.e. a melhora, medida em graus, no exame de elevação da perna estendida e flexão da coluna lombar, medidas estas realizadas por um profissional que não sabia que tipo de tratamento o paciente havia recebido) e subjetiva (o preenchimento, pelo paciente, de um questionário sobre dor e capacidade de executar várias funções - conhecido como Índice de Oswestry) e foi feita após 6 semanas, 6 meses, 1 ano e 2 anos (ou seja, durante e muito depois do tratamento ser completado.
O resultado foi que os pacientes tratados por quiropraxistas apresentaram melhora significativamente superior, incluindo aqueles com dor grave e crônica. Os resultados superiores no grupo tratado com Quiropraxia se mantiveram após 1 e 2 anos.
Meade concluiu que o tratamento quiroprático foi bem sucedido em longo prazo, apresentando resultados de custo-benefício altamente positivos e devendo ser financiado dentro do Sistema Nacional de Saúde Britânico.

• Hérnia de Disco
Há uma tendência crescente em considerar a hérnia de disco como uma patologia primariamente não-cirúrgica, e que portanto deve ser tratada com uso de métodos conservadores. Autoridades médicas e quiropraxistas concordam agora que o tratamento através de manipulação articular, realizada por profissionais competentes, demonstrou ser seguro e eficaz.
O receio de danos provenientes da manipulação tem origem em um mal-entendido a respeito da biomecânica da coluna lombar. Pesquisadores mostraram que discos normais suportam uma média de 23 graus de rotação, antes de sofrer danos devidos à tração da rotação, enquanto discos degenerados suportam uma média de 14 graus. As articulações posteriores (facetárias) da coluna lombar, permitem apenas 3 graus de rotação durante a realização de uma manipulação, o que "torna improvável que a pequena rotação provocada durante a manipulação com o paciente em decúbito lateral possa danificar ou irritar um disco saudável ou herniado". 
Nos Estados Unidos e Europa atualmente, muitos médicos encaminham rotineiramente pacientes devidamente selecionados, portadores de hérnia de disco, para avaliação e tratamento quiroprático, com o objetivo de aliviar a dor e evitar a cirurgia.
• Custo-Benefício
Há agora um volume considerável de evidências que demonstram uma economia entre 20e 60% para empregadores, governos e terceiros pagadores, quando o atendimento quiroprático substitui o atendimento médico para o tratamento de pacientes com dor nas costas.
A evidência é consistente e origina-se de estudos de indenizações trabalhista na América do Norte e Austrália, experiências clínicas em vários países, experiência de empregadores individuais e, agora, análises sofisticadas, realizadas por economistas da saúde. As evidências são:

a. Há uma economia de 20 a 60% nos custos totais (custos diretos com tratamentos e custos indiretos por incapacidade e tempo de falta no trabalho) quando grupos semelhantes de pacientes recebem atendimento quiroprático, comparativamente ao atendimento médico para o tratamento de dor nas costas.

b. Os custos de tratamento no estágio agudo ou inicial são freqüentemente maiores para o tratamento quiroprático, porque é realizado um tratamento mais intensivo. Entretanto, isto resulta numa economia substancial dos custos secundários do tratamento (menos tratamentos realizados por especialistas, fisioterapeutas, cirurgias e hospitalizações) e custos de indenização. Quanto aos custos secundários de atendimento médico, os honorários representam apenas 23% do custo total do tratamento - 77% do total refere-se a custos de serviços de exames diagnósticos e serviços hospitalares. Com o tratamento quiroprático, 80% dos custos referem-se a honorários quiropráticos - apenas 20% são custos secundários.

c. Entretanto, a área mais significativa de economia de custos para o tratamento quiroprático é no custo da indenização por incapacidade. Devido aos melhores resultados logo no início do tratamento, um número muito menor de pacientes tratados com Quiropraxia apresenta dor de longa duração (crônica), necessidade de faltar repetidamente no trabalho e incapacidade, comparativamente aos pacientes sob cuidados médicos. 
Alguns estudos demonstram isso de maneira clara. Jarvis relata que trabalhadores portadores de problemas lombares semelhantes (mesmo Código Internacional de Doenças) apresentavam um número de faltas no trabalho e custos de indenização em média 10 vezes maior (20,7 versus 2,4 e US$668,39 vs. US$ 68,38) quando escolhiam atendimento médico comparativamente ao atendimento quiroprático.
Economia para as Companhias Administradoras de Saúde

a. Mosley analisou prontuários durante 12 meses em uma companhia de administração da saúde na qual os pacientes podiam optar por um acesso direto a um médico clínico geral, ou a um quiropraxista. Os custos diretos de tratamento dos pacientes atendidos por quiropraxistas foram apenas 70% dos custos incorridos pelos pacientes atendidos por médicos, ou seja, uma economia de 30%. Os resultados clínicos foram equivalentes, mas os pacientes atendidos por médicos utilizaram muito mais medicamentos e realizaram uma quantidade muito maior de exames de imagem.

b. Os economistas de saúde Johnson e Baldwin publicaram um estudo solicitado pela Seguradora Zenith. Neste estudo, foram acompanhados 850 trabalhadores da Califórnia que apresentaram um episódio de dor nas costas durante os anos de 1991 a 1993. Os autores concluíram que ra possível obter "economias substanciais" mudando o atendimento de pacientes com dor nas costas para tratamento com Quiropraxia. O custo total de tratamentos e indenizações demonstrou ser aproximadamente 20% menor com tratamento quiroprático.

c. Os economistas canadenses Manga e Angus apontam que a maioria das evidências não consideram todos os custos relevantes. Mas análise detalhada dos custos deveria incluir os efeitos colaterais e custos iatrogênicos. Uma tentativa que incluir estes custos foi feita por Stano e Smith , economistas dos Estados Unidos, que analisaram os arquivos da firma de consultoria sobre concessões de benefícios na área da saúde MedStat Systems Inc., de Michigan. Foi estudado o período de 2 anos, de julho de 1988 a junho de 1990, analisando o custo de 208 diagnósticos do CID-9. Após esta análise definiu-se um grupo de 7.077 pacientes. A conclusão foi que os pagamentos do grupo atendido por médicos em regime ambulatorial foram 47% mais elevados.
Satisfação do Paciente
Uma mudança dramática nos anos recentes com relação aos cuidados com a saúde, é que a avaliação global do consumidor sobre a qualidade do tratamento de saúde recebido e dos profissionais envolvidos tornou-se um aspecto central. As razões incluem maior educação dos apcientes e conhecimento de seus direitos, maior escolha de tratamentos disponíveis e o crescimento de pagamentos realizados por terceiros.
A satisfação dos pacientes com o atendimento por quiropraxistas para dores nas costas é objeto de estudos e pesquisas de opinião. A conclusão destes trabalhos é que os pacientes estão geralmente muito satisfeitos com Quiropraxia, muito mais do que com o tratamento médico convencional.
O estudo comparativo mais completo avaliou 457 pacientes com dor nas costas numa organização de administração de cuidados com a saúde de Washington, que haviam visitado ou médicos de família (215 pacientes) ou quiropraxistas (242 pacientes). Suas conclusões foram:

a. A porcentagem de pacientes tratados por quiropraxistas que afirmavam estar "muito satisfeitos" com o tratamento recebido para dor lombar era 3 vezes maior do que a dos pacientes tratados por médicos de família - 66% contra 22%, respectivamente.

b. Entre as razões comuns para a maior satisfação com o tratamento quiroprático foram citadas:
• Maiores informações recebidas sobre os problemas nas costas, incluindo a causa da dor, a possibilidade de recuperação, explicações sobre o tratamento e instruções sobre exercícios, postura e modo de levantar pesos.

• Maior tempo dedicado a ouvir o paciente
• Acreditar que a dor era real e demonstrar consideração.
• Confiança no diagnóstico e na eficácia do tratamento. 
Quem Usa os Serviços Quiropráticos?
Estudos da Austrália, Europa, Estados Unidos e Canadá mostram que há uma predominância de pacientes adultos, estando representadas todas as faixas sócio-econômicas. Desde o começo dos anos 80, os estudos têm consistentemente observado uma tendência no sentido oposto - os pacientes tendem a ser provenientes de grupos com uma educação melhor e uma renda mais elevada. Os fatores que influenciaram essa mudança são a capacidade de pagar e fazer escolhas independentes a respeito do atendimento à saúde, e a aceitação cada vez maior do serviços quiropráticos dentro da comunidade médica e científica.
Onde quer que a profissão da quiropraxia tenha se estabelecido, pesquisas públicas em geral têm demonstrado altos níveis de aceitação da Quiropraxia:

• A primeira pesquisa em nível nacional realizada nos Estados Unidos, entrevistou 658 pessoas. Entre os entrevistados, 39% das pessoas tinham pelo menos um membro da família que havia se consultado com um quiropraxista em alguma ocasião, e 70% eram a favor da inclusão da quiropraxia nos planos de saúde pré-pagos e nos hospitais de veteranos de guerra.

• Uma pesquisa Gallup de a969 na Dinamarca, mostrou que 81% da população adulta gostaria que os quiropraxistas fossem reconhecidos por lei e financiados através do plano nacional de saúde com os mesmos direitos que médicos e dentistas.

• Uma pesquisa comunitária de 419 adultos na cidade de Perth, Austrália encomendado pelo Departamento de Saúde relatou que aproximadamente 3 em cada 4 entrevistados (72%) concordavam que os quiropraxistas "tinham uma posição importante no sistema de saúde total" Incluindo a opinião de uma maioria substancial - 69% - dos entrevistados que nunca haviam visitado um quiropraxista. 
Há ainda evidências claras de que os pacientes de quiropraxistas estão insatisfeitos com o tratamento médico para as condições que os fazem procurar quiropraxistas - tais como dor contínua nas costas, dor de cabeça, estresse, tratamento da artrite, etc.
A porcentagem da população adulta nos Estados Unidos dobrou para 10% entre 1970 e 1990, e continua a crescer. Em 1997, uma pesquisa da Universidade de Harvard e outra na Universidade de Stanford, observaram que 15% dos americanos adultos consultam um quiropraxista anualmente. O crescimento contínuo incluem as seguintes razões:

• O aumento no número de quiropraxistas (cerca de 20 por 100.000 habitantes, em 2000)
• O crescimento dramático no uso de Medicina alternativa em geral, especialmente entre adultos jovens
• O aumento da integração entre os serviços quiropráticos e médicos

ESTATÍSTICAS

50 ANOS DE HISTÓRIA DA EFETIVIDADE DA QUIROPRAXIA

MacDonald, M.J., Morton, L. Chiropractic Evaluation Study Task III Report of the Relevant Literature.
MRI Project No. 8533-D, For Department of Defense, OCHAMPUS, Aurora, Colorado, 24 January 1986.
Estudos clínicos publicados na literatura entre 1930 e 1981 foram examinados neste trabalho. Em base nestes estudos, concluiu-se:

• A terapia manual foi superior aos placebos
• A mobilidade aumentou após o ajuste quiroprático
• A duração do tratamento foi menor no grupo manipulado, e
• Houve aumento da látero-flexão e rotação vertebral após o ajuste quiroprático.
• O estudo também identificou uma maior satisfação dos pacientes quiropráticos com o tratamento.

MELHORA DOS SINTOMAS E DAS FUNÇÕES COM POUCAS VISITAS AO QUIROPRAXISTA EM COMPARAÇÃO À TERAPIA FÍSICA

Koes, B.W., Bouter, L.M..
et al. "Randomized Clinical Trial of Manipulative Therapy and Physiotherapy for Persistent Back and Neck Complaints: Results of One Year Follow Up," British Medical Journal, 7 March 1992, Volume 304, Pages 601-605.
Este trabalho comparou a efetividade do ajuste quiroprático e da terapia física no tratamento de sintomas dorsais e cervicais. O grupo que recebeu tratamento manipulativo mostrou melhora na sintomatologia e nas funções físicas com poucas visitas. E também mostrou que o ajuste e a terapia física não são intercambiáveis.

O estudo concluiu:

§ A terapia manipulativa e a fisioterapia são melhores do que a massagem e o tratamento placebo.
§ A terapia manipulativa produz maior alívio dos sintomas e melhora das funções físicas após 12 meses do tratamento.

EFICÁCIA DA QUIROPRAXIA

Somente cerca de 15 % de todas as intervenções médicas são suportadas por sólida evidência científica, de acordo com David M. Edy, M.D, ( Ph.D., professor of health policy and management at Duke University, North Carolina).
Em contraste, nos trabalhos descritos na literatura existente dedicados a QUIROPRAXIA, conforme notou Paul G. Shekelle, M.D., MPH of the RAND Corporation, "há consideravelmente mais estudos randomizados controlados mostrando os benefícios da QUIROPRAXIA do que com muito do arsenal terapêutico utilizado por clínicos e neurocirurgiões."
MENOR NÚMERO DE PERDA DE DIAS DE TRABALHO COM O TRATAMENTO QUIROPRÁTICO
Ebrall, P.S. "Mechanical Low-Back Pain: A Comparison of Medical and Chiropractic Management Within the Victorian Work Care Scheme," Chiropractic Journal of Australia, June 1992, Volume 22, Number 2, 47-53.
Neste estudo retrospectivo de afastamento de trabalhadores na Austrália comparou os tratamentos quiroprático e médico de 1996 casos de dorsolombalgia relacionadas ao trabalho. O número de dias compensados foi significativamente mais baixo; em média 6,26 dias para os pacientes quiropráticos e 25,56 dias para os pacientes médicos. A média de custo para essas compensações foi de $392 para o tratamento quiroprático e $1,569 para o tratamento médico, ou seja, quatro vezes maior.
O estudo conclui ainda que o ganho financeiro e social inerente ao tratamento quiroprático poderia ser maximizado com o encaminhamento precoce desses pacientes ao tratamento quiroprático.
MENOR CUSTO DE COMPENSAÇÕES E MENOS DIAS DE TRABALHO PERDIDOS COM O TRATAMENTO QUIROPRÁTICO
Jarvis, K.B., Phillips, R.B., et al.
"Cost per Case Comparison of Back Injury Claims of Chiropractic versus Medical Management for Conditions with Identical Diagnostic Codes," Journal of Occupational Medicine, August 1991, Volume 33, Number 8, Pages 847-52.
Este estudo examinou os custos comparativos nas complicações relacionadas aos procedimentos efetuados por prestadores médicos e quiropraxistas. Concluiu-se que os custos de compensação por tempo de trabalho perdido foi de somente $68.38 para pacientes que receberam cuidado quiroprático, comparado com $668.39 por pacientes que receberam tratamento clínico (não-cirúrgico), ou seja, cerca de dez vezes mais.

MENOR INCAPACIDADE E MENOR CUSTO RELATIVO EM PACIENTES QUIROPRÁTICOS

Wolk
, S. "Chiropractic versus medical Care: A Cost Analysis of Disability and Treatment for Back-Related Worker's Compensation Cases."
Foundation for Chiropractic Education and Research, Arlington, Virginia, September 1988.
Este estudo examinou 10,652 casos de pacientes com sintomas de dorsolombalgias que foram cobertos pelo Serviço Social da Flórida, comparando os casos tratados medicamente e quiropaticamente. O resultados indicam que a duração da incapacidade temporária total foi 51,3% menor nos pacientes quiropráticos, o custo do tratamento foi 58,8% mais baixo, e 52,2% dos pacientes médicos foram hospitalizados em comparação a somente 20,3% dos pacientes quiropráticos.
MENOR IMPACTO NOS CUSTOS DE SEGURO E ASSISTÊNCIA MÉDICA
Schifrin, L.G. "Mandated Health Insurance Coverage for Chiropractic Treatment: An Economic Assessment, with Implications for the Commonwealth of Virginia."
The College of William and Mary, Williamsburg, Virginia, and Medical College of Virginia, Richmond, Virginia, January 1992
Este estudo sobre a cobertura do seguro de saúde e o impacto econômico da cobertura para tratamento quiroprático revelou o seguinte:

• menor custo não é devido a baixa taxa dos índices de utilização, mas ao impacto nos custos decorrentes desta utilização. 
• A QUIROPRAXIA é o segmento de maior crescimento no setor de saúde, e está sendo utilizado mais largamente pela população.
• Estudos formais de custo e efetividade são amplamente mais favoráveis a QUIROPRAXIA quando comparados a outras formas de tratamento.
• A QUIROPRAXIA tem mostrado evidências que indicam importantes benefícios terapêuticos, além do impacto econômico nos custos da assistência à saúde.

POLÍTICAS E DIRETRIZES

• Um novo estudo, conduzido pela Health Care Policy and Research (AHCPR) do U.S. Department of Health and Human Services, concluiu que a manipulação vertebral é uma forma efetiva e recomendada para o tratamento inicial para problemas dorsais e lombares em adultos - a mais comum queixa de saúde entre os trabalhadores americanos atualmente, e uma condição que custa à economia do País pelo menos $50 bilhões por ano em perda de produtividade.

• Um painel da AHCPR composto por 23 membros - médicos, enfermeiros, quiropraxistas, especialistas em coluna, psicólogos, terapeutas ocupacionais e representantes dos consumidores - concluiu, além de outras coisas, que:

1. A manipulação vertebral é o tratamento recomendado para problemas dorsais e lombares em adultos;
2. Tratamentos conservadores como a manipulação deverão ser realizados - em muitos casos - antes da intervenção cirúrgica ser considerada;
3. A prescrição de drogas, como os esteróides orais (corticóides), medicação antidepressiva e colchicina, não é recomendada nos casos de dorsolombalgias.

• De acordo com especialistas em saúde, cerca de 80% de americanos irão sofrer de "dores nas costas" em algum momento de suas vidas; sintomas dorsais são a maior causa de incapacidade temporária em americanos abaixo dos 45 anos, e 20% das dispensas militares nos EUA são devidas a dorsalgias.

BRITISH MEDICAL JOURNAL

• Pacientes com dores lombares na Inglaterra experimentaram melhora significativamente maior quando tratados pela QUIROPRAXIA, de acordo com um trabalho publicado no British Medical Journal. Através deste estudo, o Medical Research Council liderado pelo professor Tom Meade do London's St. Bartholomew's Hospital, acompanhou 741 pacientes com dor lombar debilitante através de um estudo randomizado com tratamento quiroprático e tratamento ambulatorial convencional. Três anos depois do final do tratamento, a remissão das dores dorsolombares foi 29 % maior nos pacientes tratados pela QUIROPRAXIA dos que aqueles tratados ambulatorialmente.

• Um estudo do Gallup Organization, publicado em março de 1991, foi realizado para determinar atitudes, opiniões e comportamentos de usuários e não-usuários de serviços quiropráticos. Em geral, 90% sentia que o tratamento quiroprático estava sendo efetivo; mais de 80% estava satisfeito com o tratamento que estava recebendo; perto de 75% dizia que suas expectativas foram satisfeitas durante a última visita ou série de visitas; 68% disse que voltariam a procurar um quiropraxista novamente para tratar de condição similar, e 50 % procurariam um quiropraxista para tratar de outros problemas. Cerca de 80% dos usuários de QUIROPRAXIA estavam achavam que o custo do tratamento quiroprático era razoável.

O QUE OS MÉDICOS DIZEM A RESPEITO DA QUIROPRAXIA

• "A única diferença que eu vejo é que os pacientes do John F. Kennedy são manipulados quiropaticamente. Em minha experiência, os pacientes do J.F.K. quase sempre tem alta hospitalar em uma semana. No Lutheran, eles ficam, não raramente, 14 dias."
Dr. Per Frietag, um cirurgião ortopédico, explicando porque prefere internar seus pacientes no John F. Kennedy Hospital, que possui quiropraxistas em seu staff, e não no Lutheran General, que não possui quiropraxistas em sua equipe.

• Em 1996 casos de dores lombares estudados, os pacientes que receberam tratamento quiroprático tiveram, em média, 6,26 dias de compensação comparados com 25,56 dias de compensação dos pacientes médicos.

Chiropractic Journal of Australia, 1992. 

"Mechanical Low-Back Pain: A Comparison of Medical and Chiropractic Management."
• Um estudo incluiu 80 pacientes, que foram previamente tratados por um médico e subseqüentemente encaminhados ao Silverman Chiropractic Center. Destes 80 pacientes, 21% receberam o diagnóstico de problemas de disco intervertebral, 5% receberam tratamento de emergência e 12% receberam indicação cirúrgica.
Seguindo o tratamento pela QUIROPRAXIA, nenhuma cirurgia foi requerida. 86% não precisou de nenhum outro tratamento. E a economia de custos projetada neste grupo estudado foi de aproximadamente $250,000. The Av-Med Study, 1993

• "Pacientes quiropráticos estavam três vezes mais satisfeitos com seu tratamento do que com a prática médica convencional."Western Journal of Medicine, 1989. 
"Patient Evaluations of Low-Back Pain Care."
EVOLUÇÃO DO PACIENTE QUIROPRAXIA MEDICINA
Número de dias incapacitado após a primeira visita 10.8 39.7
Restrição de movimento por mais de uma semana 17% 48%
Percepção do paciente na confiança do médico no diagnóstico e tratamento da dor lombar 60% 3%.
Muito satisfeito 66% 22%

ACA Journal of Chiropractic, 1989."Patient Evaluations of Care from Family Physicians and Chiropractors."

QUIROPRAXIA AUMENTA EM POPULARIDADE

Como
o tratamento quiroprático para dores lombares tem freqüentemente mais sucesso do que o tratamento médico, a satisfação do paciente com o cuidado quiroprático é geralmente maior. E essa experiência positiva faz com que haja uma maior divulgação, contribuindo decisivamente no aumento da popularidade da QUIROPRAXIA.

• Cerca de 30% da população americana, entre 18 e 65 anos, utiliza a QUIROPRAXIA (Gallup, 1991)
• 58% dos usuários de QUIROPRAXIA a consideram sua cobertura por seu plano de saúde como essencial (Gallup, 1991)
• 90% sentem que seu tratamento está sendo efetivo. (Gallup, 1991)
• Pacientes quiropráticos estão três vezes satisfeitos com seu tratamento do que os pacientes tratados convencionalmente (Western Journal of Medicine, 1989)
• Quiropraxistas já são aceitos como uma legítima profissão da área de saúde pelo público e por um número cada vez maior de médicos. (The Manga Report, 1993)
• A QUIROPRAXIA é a área de assistência à saúde que mais tem crescido nos EUA e Canadá. (The Manga Report, 1993).
O TRATAMENTO QUIROPRÁTICO É MAIS SEGURO QUE O TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DA DOR LOMBAR
O Dr. Pran Manga (University of Ottawa, Canadá), na publicação The Manga Report, revisou todas as evidências internacionais relatadas no manejo da dor lombar e concluiu:
• Haverá significativa economia de custo se o tratamento dos pacientes com dor lombar for transferido dos médicos para os quiropraxistas.
• Deveria ser encorajada a procura por tratamento quiroprático por pacientes com dor lombar, e a QUIROPRAXIA deveria estar totalmente integrada ao sistema de saúde canadense.
• Há evidência suficiente na literatura mostrando que o tratamento quiroprático para a dor lombar é de menor custo e mais efetivo do que o tratamento médico convencional, e que muitas das terapias empregadas pelos médicos são de validade questionável ou são claramente inadequadas. Além disso, a satisfação dos pacientes quiropráticos é superior.
PACIENTES QUE RECEBEM CUIDADO QUIROPRÁTICO, SOMENTE OU EM CONJUNTO COM CUIDADO MÉDICO, APRESENTAM CUSTO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA MENOR
O Dr. Miron Stano, da Oakland University, conduziu um estudo comparando os custos de assistência médica entre pacientes quiropráticos e médicos. O banco de dados utilizado foi o da MEDSTAT Systems, uma empresa de consultoria que processa as informações de várias empresas seguradoras em todo os EUA. O estudo levantou dados de 395.641 pacientes, sendo que 42.215 eram do Estado de Michigan.
Depois de revisar o custo dos pagamentos por cada período de dois anos, concluiu:
• Pacientes que receberam tratamento quiroprático, somente ou em conjunto com cuidado médico, apresentaram custos significativamente mais baixos, em média $1,000 por cada período de dois anos, do que aqueles que receberam somente tratamento médico convencional. Especificamente, o total pago foi de $1,138 (30% maior) do que aqueles que elegeram somente o tratamento médico. 
• Os baixos custos dos pacientes quiropráticos foram atribuídos aos custos de "entrada" (consultas e exames pré-tratamento) e de "saída" ( procedimentos, consultas e exames pós-tratamento), indicando que o tratamento quiroprático pode substituir outras formas de tratamento.
Ø Trabalho publicado no The Journal Of America Health Policy, publicado em 1982, indica que quando os planos de assistência médica não cobrem tratamento quiroprático, seus custos são 43% mais altos com 58% mais internações hospitalares do que os planos que dão cobertura para tratamento quiroprático.

Ø A mortalidade e morbidade relacionada ao uso de medicamentos estima-se que custa $76.6 bilhões por ano nos EUA. Calcula-se também que ocorram 8,76 milhões de hospitalizações devido ao uso de medicamentos, ao custo de $47,4 bilhões por ano, ou seja, 62% do custo total. Johnson MSc. Bootman. PhD, Arch Inter Med, 1995; 155 (Oct 9): 1949-1956

• 20% dos pacientes admitidos nos hospitais americanos apresentam problemas iatrogênicos (induzidos pelo tratamento médico), e alguns desses problemas são sérios ou fatais. Em 1991, o Harvard Medical Practice Study reportou que cerca de 4 % dos pacientes hospitalizados no estado de Nova Iorque sofrem uma complicação que prolonga sua estada hospitalar ou resulta em incapacidade mensurável.
Isto eqüivale a 98.609 pacientes em 1984. Perto de 14% destas complicações são fatais. Se estas taxas forem verdadeiras para todo os EUA, então 180.000 pessoas morrem por ano como resultado de complicações iatrogênicas, o eqüivale a queda de 3 aviões 747 (Jumbo) a cada dois dias. Leape MD, JAMA 1994; Dec 21: 1851-57

• Em 1986, o custo econômico do tratamento de doenças degenerativas articulares (artrites), nos EUA, foi estimado em $8.6 milhões. Já o custo para o tratamento de efeitos colaterais de drogas antiinflamatórias não esteróides (aspirina, p.ex.) foi de $3.9 bilhões ou 45% do custo primário. Arthritis & Rheumatism 32: 930, 1989

• Reações adversas devido ao uso de antiinflamatórios não esteróides ocorrem em 21% dos pacientes nos EUA e em 25 % dos pacientes na Inglaterra. Arthritis & Rheumatism 32: 926, 1989

• 15.000 pacientes por ano não acordam da anestesia, incluindo aqueles submetidos a cirurgia vertebral).

• 130.000 morrem por ano devido a reações adversas a medicamentos. É a sexta maior causa de morte nos EUA).

ENXAQUECAS

Como as enxaquecas são tão comuns, algumas pessoas pensam que ter algumas crises de enxaqueca faz parte da vida! Elas estão erradas! Enxaquecas são um sinal que algo está errado. 
Há muitos tipos de enxaquecas: pulsátil, tensional, em salvas, dentre outras. A causa mais freqüente de enxaquecas encontrada em pacientes nos consultórios quiropráticos é a disfunção vertebral, principalmente envolvendo a porção mais alta da coluna cervical. Isso causa irritação dos nervos que passam por essas vértebras resultando em dor ao longo da via nervosa. Os nervos da parte superior da coluna cervical são responsáveis pela sensibilidade ao longo da cabeça e do pescoço. Veja o que disse o Dr. Peter Rothbart, de Toronto, Canadá, médico especialista em dor e anestesista: "Os quiropraxistas tinham razão. Muitas enxaquecas são causadas por estruturas danificadas no pescoço - e várias evidências científicas provam isso. E 90% dos médicos não sabem nada sobre isso". 

Então, o que pode ser feito? 

A primeira coisa a fazer é buscar ajuda profissional. Um quiropraxista poderá diagnosticar seu problema e lhe dizer por que você está tendo estas enxaquecas. Um programa de tratamento lhe será recomendado e uma investigação adicional através de exames radiográficos poderá ser solicitada. O tratamento de suas enxaquecas incluirá ajustes quiropráticos (nenhum medicamento ou cirurgia) para normalizar a função de sua coluna vertebral, conselho sobre como mudar seu estilo de vida para ajudar a prevenir repetições do seu problema e orientações sobre como você pode ajudar a se manter sem dor e com uma coluna vertebral forte e saudável. 

Como posso ajudar? 

Em primeiro lugar, conhecimento é a chave que vai impedir que as enxaquecas continuem. Entendendo como elas podem ser ativadas lhe ajudará no tratamento. Além disso, você precisa informar tudo o que você sente a seu quiropraxista de forma que ele possa conhecer as características de suas enxaquecas. O tratamento pode incluir compressas quentes, repouso ou exercícios localizados, além de outras técnicas adicionais, conforme aconselhado por seu quiropraxista. Com o passar do tempo, suas crises se tornarão cada vez mais raras e você aprenderá em que situações precisará de cuidado quiroprático. 


A MAIORIA DOS PACIENTES QUE BUSCAM A QUIROPRAXIA 
ENCONTRAM ALÍVIO PARA SUAS ENXAQUECAS. 
O QUE VOCÊ ESTÁ ESPERANDO?



ESCOLIOSE

O que é isso? 

Escoliose é uma curvatura na coluna vertebral, para qualquer dos lados, que é notada freqüentemente na adolescência. Quando vista por trás, a coluna vertebral normal deve ser reta. Há dois tipos principais de escoliose: 

• PRIMÁRIA (idiopática) - a causa não é conhecida e é mais encontrada em meninas pré-adolescentes e adolescentes.
• SECUNDÁRIA (compensatória) - é o resultado de uma causa prontamente identificável como má-postura crônica, subluxação vertebral, desvios de quadril, trauma na coluna ou doença.

Em ambos os casos a curvatura se desenvolve lentamente, principalmente dos 10 aos 16 anos. Em casos mais graves, pode desfigurar completamente a curvatura vertebral, provocando alterações na caixa torácica (costelas) e comprimir o coração e os pulmões. 

Como se descobre uma escoliose?

Descobri-la o mais cedo possível é essencial para que o tratamento seja efetivo. Como a coluna cresce até os 18-20 anos, se o problema não for corrigido ele piora a cada dia. Uma vez que a curvatura anormal já tenha se desenvolvido completamente, a correção, por qualquer meio, se torna mais difícil e complicações sérias são mais prováveis. 

Se seu filho ainda não teve sua coluna examinada por um quiropata, seria sábio fazê-lo antes que ele alcance os 12 anos de idade. Esse exame incluiria um exame físico detalhado, e se necessário, radiografias. Enquanto isso, observe seu filho e procure: 

• Fique de pé atrás da criança. Confira o nível das orelhas, ombros e quadris. Cada par deve estar aproximadamente no mesmo nível.
• Peça para a criança se curvar para a frente. A coluna deve se manter reta enquanto ela se dobra. Se ela se curvar para um dos lados ou se você perceber que há uma saliência de um dos lados, algo não está correto. 
• Preste atenção a qualquer sintoma que seu filho informe como dores nas costas, cansaço, dor nas pernas. Atenção, não ache que tudo é "dor de crescimento". Por outro lado, a escoliose pode não provocar sintoma algum, assim um exame quiropático completo pode ser necessário. 

O que pode ser feito? 

Se uma escoliose está presente, a coluna vertebral de seu filho deverá ser reavaliada periodicamente. Consultas mensais serão requeridas nos primeiros 12 meses de tratamento. Seu quiropraxista poderá determinar uma outra periodicidade para o tratamento se ele achar conveniente. O tratamento poderá incluir ainda, além dos ajustes vertebrais, exercícios e conselhos sobre postura e outras atividades físicas. Os casos mais graves poderão ser encaminhados para outros especialistas. 


O TRATAMENTO QUIROPRÁTICO MANTÉM A MOBILIDADE DAS 
ARTICULAÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL E PERMITE QUE ELA POSSA SE 
DESENVOLVER NORMALMENTE. O TRATAMENTO APROPRIADO PREVINE 
A PROGRESSÃO DA ESCOLIOSE E PODE AJUDAR A REDUZI-LA.





GRAVIDEZ E A QUIROPRAXIA

Não é maravilhoso?

Você está grávida! Este é um dos períodos mais importantes em sua vida. E você quer fazer todo o possível para assegurar a saúde de seu bebê. Aqui está um pouco de informação para lhe ajudar a fazer isso, começando por cuidar de SUA SAÚDE. Normalmente, mães saudáveis significam crianças saudáveis. 

Desde o momento da concepção, seu corpo tem sofrido mudanças significativas. Você tem que ter certeza de que seu corpo está pronto para esse desafio. Isso quer dizer que você precisa de uma coluna saudável, e algumas mudanças que você vai experimentar na gravidez podem trazer alguma dificuldade para manter sua coluna saudável. 

O gradual aumento de peso não é um problema real com exceção do fato de que tudo acontece na sua frente. Isto provoca uma tensão desproporcional na porção baixa das costas, ou seja, na região lombar. Se você assume a "Postura de Grávida" com os quadris deslocados para a frente e seus ombros deslocados para trás, você pode obter um discreto alívio temporário da dor lombar, mas você estará fazendo um desserviço para sua coluna vertebral. Ao invés disso, mantenha-se ereta e com a coluna esticada (como todo mundo deveria), tomando o cuidado de se apoiar sobre os saltos dos sapatos, em oposição ao peso extra na frente. Você estará fazendo um favor às sua coluna e se sentirá bem por muito mais tempo a cada dia. 

Exercício regular é necessário antes, durante e depois da gravidez. Com o avançar da gravidez, seu quiropraxista fará modificações em seu programa de exercícios para mantê-la confortável. Normalmente, poucos exercícios precisam ser interrompidos durante a gravidez. De qualquer maneira, antes de começar qualquer exercício converse com seu obstetra. 

Por que minhas costas doem tanto quando fico grávida? 

Há poucas coisas na vida que induzem mais tensão em sua coluna do que a gravidez. Sua coluna tem que se adaptar à nova postura e seu peso muda a cada mês, e comumente esse desconforto se transforma numa dor na região mais baixa da coluna. Muitas mulheres acreditam que essas dores são normais na gravidez. Mas não deveriam ser. Seu corpo foi feito para compensar e se adaptar naturalmente à gravidez, e se você está sentindo dores, algo está errado e precisa ser corrigido. Não só por você, mas também para o bom desenvolvimento e crescimento de seu bebê. 

O que pode fazer um quiropraxista? 

Um quiropraxista é treinado para localizar e corrigir os problemas que estão causando sua dor nas costas. De fato, muitas mulheres descobriram que seu sofrimento é bem menor e se sentiam mais confortáveis tendo recebido um cuidado quiroprático durante a gravidez. 

Eu quero ir a um quiropraxista mas eu tenho medo de não me sentir confortável durante os tratamentos. O quiropraxista possui técnicas especiais que a ajudarão a se sentir confortável, não importando em que fase está sua gravidez. Você se sentirá relaxada e, o melhor de tudo, você dirá adeus àquela dor nas costas. 

Os quiropraxistas podem ajudar? 

A QUIROPRAXIA é a maior, dentre todas as técnicas naturais, de cuidado à saúde no mundo. Além disso, está provado que o tratamento quiroprático, é o mais seguro e mais efetivo meio de tratar dores nas costas, de acordo com o Manga Report, um estudo feito pelo Ministério da Saúde do Canadá. Procure um quiropraxista e encontre o alívio para a dor nas costas e assim, sua gravidez será tão agradável quanto deve ser. 

COM A QUIROPRAXIA, TODOS IRÃO DIZER 
QUE VOCÊ ESTÁ ÓTIMA, E VOCÊ TAMBÉM 
PODERÁ SE SENTIR ÓTIMA!



QUIROPRAXIA: UM GUIA PARA OS PAIS

Quando você deve levar sua criança a um quiropraxista?

O que é QUIROPRAXIA? 

QUIROPRAXIA é uma arte natural de cura que se concentra em manter as pessoas saudáveis. Apesar de ser uma ciência relativamente nova, suas práticas passaram pelo teste do tempo: manipulações vertebrais foram descritas como uma técnica curativa até por Hipócrates, o Pai da Medicina, no Século IV a.C. 

Os quiropraxistas se empenham em descobrir a causa dos problemas de saúde, em lugar de apenas tratar os sintomas. Buscam maximizar as forças naturais do corpo e sua capacidade para se curar sem o uso de drogas ou cirurgias. O enfoque primário de QUIROPRAXIA é a descoberta e a correção de desalinhamentos vertebrais e as disfunções do sistema nervoso. 

Vértebras desalinhadas (conhecidas como subluxações) podem irritar os nervos e romper a habilidade do corpo de enviar "mensagens" através da medula espinhal para diferentes partes do corpo. Todas as partes do corpo humano necessitam que as informações que trafegam pelo nervo funcionem corretamente. Se este problema não for corrigido, um mal funcionamento vertebral pode interromper este sistema interno de comunicação e provocar dor, disfunção nos músculos ou de outros órgãos, além de uma série de outros desequilíbrios. 

O quiropraxista, através de um procedimento chamado ajuste quiroprático, ajuda a restabelecer a vértebra desalinhada para uma posição mais adequada, permitindo que os nervos possam assim se comunicar adequadamente com o resto do corpo, permitindo que o próprio corpo possa se curar - segura e naturalmente.

Quando eu devo levar meu filho à um quiropraxista? 

• QUANDO você quiser que seu filho tenha acesso a todos os benefícios de um tratamento natural e sem medicamentos desnecessários. A primeira visita de seu filho ao quiropraxista pode ser uma experiência bastante agradável, sem injeções dolorosas ou procedimentos agressivos e invasivos. Seu filho deveria ser examinado durante o tão importante primeiro ano de vida, seja devido a um trauma vertebral que pode ocorrer durante o nascimento, seja pelos freqüentes tombos que acontecem quando ele está ensaiando seus primeiros passos. Levantar a criança ou carregá-la inadequadamente também podem contribuir para provocar tensões vertebrais. A coluna vertebral de uma criança cresce cerca de 50% de seu comprimento durante o primeiro ano, e é este período de grande crescimento e mudanças tão evidentes no desenvolvimento deste pequeno organismo, que torna o exame quiroprático tão importante nas fases iniciais da vida de seu filho. 

• QUANDO você quer dar para seu filho a vantagem de possuir uma boa saúde. Os quiropraxistas acreditam que é muito mais importante prevenir as doenças do que esperar que uma enfermidade se desenvolva. Além dos ajustes regulares, você receberá orientações sobre alimentação, exercício e hábitos de postura, auxiliando assim no desenvolvimento de uma criança cujo corpo é estrutural e funcionalmente bom. Seu filho também poderá aprender, desde cedo, bons hábitos de saúde, o que pode ser benéfico a ele quando adulto. 

• QUANDO seu filho leva uma queda. Crianças levam numerosos tombos enquanto estão aprendendo a caminhar, andar de bicicleta, ou até mesmo enquanto estão saltando ou correndo de um lado para outro. Mas, mesmo depois de suas lágrimas secarem, danos subjacentes podem não ser facilmente detectáveis - como ocorre com uma vértebra desalinhada durante o período mais importante da formação da coluna vertebral. Exames vertebrais regulares podem prover correção efetiva para seu filho e paz de espírito para você. 

• QUANDO seu filho pratica esportes regularmente. Um empurrão nas costas num jogo de futebol ou basquete pode machucar uma coluna jovem, tirando uma vértebra de seu alinhamento. Um quiropraxista pode fazer mais do que corrigir este problema; ele também pode ajudar a melhorar o desempenho desse atleta-mirim, ajudando o corpo a funcionar em nível ótimo, naturalmente, sem estresses e sem medicamentos. 

A QUIROPRAXIA é segura para meu filho? 

A QUIROPRAXIA é uma das formas mais seguras de cuidado de saúde. Como a coluna vertebral de uma criança é muito mais flexível do que a de um adulto, os ajustes são, substancialmente, diferentes durante os primeiros anos de vida. Neste caso, o quiropraxista aplica somente uma leve pressão para fazer os ajustes vertebrais. Sob circunstâncias normais, esses ajustes são indolores e não machucarão seu filho. Os quiropraxistas não usam medicamentos que às vezes causam efeitos colaterais mais prejudiciais que a própria doença.

O uso indiscriminado de medicamentos também pode causar dependências químicas, até mesmo em crianças. Os quiropraxistas não executam nenhum procedimento invasivo (como cirurgia) que, às vezes, podem ter efeitos irreversíveis. Estas são algumas das razões que fazem com que mais de 50 milhões de pessoas no mundo todo escolham a QUIROPRAXIA para cuidar de suas crianças. 

Qual a efetividade da QUIROPRAXIA em crianças? 

A QUIROPRAXIA têm provido cuidado efetivo e seguro em crianças a mais de 100 anos. Há algumas publicações de estudos na Alemanha, Austrália, Dinamarca e Estados Unidos que confirmam a efetividade de QUIROPRAXIA para uma variedade de enfermidades da infância. Estas evidências científicas estão crescendo a cada dia. Além disso, as crianças geralmente respondem com mais efetividade ao ajuste do que os adultos. 

E se minha criança tem um problema de saúde que não responde ao cuidado quiroprático? 

A obrigação primária do quiropraxista é o bem-estar da criança. Quando alcançamos os limites de nossa habilidade e autoridade, é nosso dever indicar quais os campos de tratamento possíveis de maneira ética, encaminhando aos profissionais que possuem as condições necessárias para prover a maior efetividade no tratamento do paciente. 

Há tantos especialistas e tantas técnicas diferentes de cuidado de saúde: quem é realmente responsável pela saúde de minhas crianças? 

Você! Como pai ou mãe, você é responsável pela saúde de seus filhos, e tem que usar seu melhor julgamento sobre o que é apropriado para eles. Felizmente, há vários profissionais que podem lhe ajudar a tomar suas decisões, e isso inclui seu quiropraxista, pediatra e dentista. Estes profissionais podem compor o time que vai cuidar da saúde de seu filho. 


A NÃO UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS E A ABORDAGEM PREVENTIVA DA QUIROPRAXIA, 
A FAZEM PERFEITAMENTE APROPRIADA PARA RECÉM-NASCIDOS, 
CRIANÇAS E ADOLESCENTES.

HÉRNIA DE DISCO E A QUIROPRAXIA

O disco intervertebral é uma parte da coluna vertebral que tem recebido muita atenção nos últimos anos. É uma estrutura localizada entre as vértebras. Por estar entre as vértebras é chamado de disco intervertebral. O disco consiste de duas partes: uma parte externa, dura e fibrosa - o anel fibroso - e uma parte central, gelatinosa - o núcleo pulposo. 

O disco intervertebral executa muitas funções. Separa uma vértebra da outra e atua como um amortecedor de impacto entre os ossos. Além disso, ajuda a moldar as curvas normais da coluna vertebral. Existem 23 discos em nossa coluna vertebral, e eles estão relacionados à nossa altura. De fato, pela manhã, após uma noite de sono, somos cerca de 1 a 2 cm mais altos que no final do dia anterior. Isto corre devido à perda de água que é normal durante o dia, e que é recuperada enquanto dormimos. 

O Disco Intervertebral e as Dores na Coluna 

As lesões do disco são uma das causas mais comuns de dores nas costas. Você pode se surpreender, mas as pesquisas mostram que degenerações discais ocorrem aos trinta anos. Desde a adolescência o disco sofre desidratação permanente, perde progressivamente sua capacidade de absorção de impacto pequenas fendas começam a se formar nas paredes externas. O núcleo pulposo começa ficar saliente e empurrar o anel fibroso. Se esta saliência for muito grande, pode pressionar a medula espinhal ou os nervos que saem dela pelos orifícios laterais (forames intervertebrais), provocando dor severa às mais variadas atividades: sentar, levantar, andar, levantar objetos, urinar, defecar, espirrar, tossir, fazendo com que a movimentação seja quase impossível. Nos casos extremos, podem ocorrer dormência das pernas ou pés, e a perda do controle muscular. 

A degeneração do disco também pode interferir com a função dos nervos lombares e sacrais da medula espinhal, ocasionando uma série de problemas na área pélvica: endometriose, infecções (bexigas, vagina, rim), problemas da próstata, abortos espontâneos, esterilidade, impotência sexual, retenção urinária, cistites, cólicas menstruais e constipação. Não é raro que alguém que tenha problemas crônicos nas costas sofra também de um ou mais dos problemas acima mencionados. 

A Abordagem Médica X Quiroprática 

A abordagem médica para os problemas do disco freqüentemente é uma combinação de analgésicos e antiinflamatórios, relaxantes musculares e fisioterapia. Mas não é incomum a indicação de tratamento cirúrgico mesmo antes de se tentar qualquer abordagem não-invasiva. 
Se os tratamentos prescritos fracassam, então a cirurgia passa a ser considerada. Mas, nem sempre os resultados são animadores. Todos nós conhecemos alguém que se submeteu a mais de uma cirurgia, ou que foi operado e não resolveu seu problema. 

As pesquisas mostram que o tratamento quiroprático é a maneira mais eficaz para auxiliar no tratamento clínico da hérnia de disco. Mas mesmo aqueles que se submeteram a uma cirurgia no passado podem se beneficiar do tratamento quiroprático. Isto significa que nunca é tarde para impedir a necessidade de futuras cirurgias. 



CONVERSE COM SEU QUIROPRAXISTA. 
ELE PODE SER O RESPONSÁVEL POR VOCÊ NÃO





"O MEU SEGURO-SAÚDE NÃO COBRE AS DESPESAS COM QUIROPRAXIA"

"EU NÃO QUERO GASTAR DINHEIRO."


No Brasil, muitas companhias de seguro-saúde não cobrem as despesas com o tratamento quiroprático. Na verdade, há uma desinformação sobre o que é e como funciona a QUIROPRAXIA. As companhias de seguro preferem colocar seu dinheiro em técnicas que nem sempre estão à favor de sua saúde, esperando inclusive que você esteja realmente doente. Se você acha que isto é um exagero, experimente solicitar um reembolso de R$ 100,00 reais de uma sessão quiroprática. Depois, apresente um pedido para autorizar uma cirurgia para correção de hérnia de disco. Você não precisa de muitos conhecimentos sobre custos médicos para descobrir porque você paga tão caro por seu seguro-saúde. Aliás, talvez devêssemos chamá-lo de "seguro-doença".

Na maioria dos países europeus, EUA e Canadá, além de vários países africanos e da América Latina, há planos com cobertura para a QUIROPRAXIA, e as estatísticas mostram que estes planos gastam menos com o tratamento de seus segurados. 

Compreenda que as companhias de seguro estão "em contenção de despesas" e que elas geralmente darão cobertura a muito menos tratamentos do que você realmente necessita para corrigir totalmente a causa primária da sua condição. 

Que bem o melhor seguro do mundo pode lhe proporcionar se o tratamento que ele dá cobertura apenas mascara os seus sintomas em vez de corrigir a causa primária do seu problema? 
O quiropraxista é um profissional que foi treinado para remover a fonte da interferência nervosa. Não existe nenhum medicamento no mundo que seja capaz de mover um osso que esteja pressionando um nervo. 

Se você esperar pelos sintomas para começar, seu problema terá tido uma grande chance de progredir. Um bom exemplo: ignore a perda de uma obturação que não esteja causando dor por tempo suficiente e você transformará uma obturação de R$ 100, 00 em um tratamento de canal de R$ 1.000,00! 

O TRABALHO DO QUIROPRAXISTA É CUIDAR DE PEQUENOS PROBLEMAS 
ANTES QUE ELES SE TRANSFORMEM EM GRANDES PROBLEMAS.

O QUE SÃO SUBLUXAÇÕES?

O que são Subluxações?

Subluxações são áreas problemáticas em sua coluna vertebral que afetam seu sistema nervoso como um todo. Nestas áreas, as vértebras estão desalinhadas ou perderam sua amplitude normal de movimento. Isto irrita ou pressiona os nervos locais e interfere com a comunicação entre seu cérebro e seu corpo (e vice-versa). 

Como as Subluxações Acontecem?

As tensões de cada dia, como serviços domésticos, cuidar do jardim, o trabalho no escritório, carregar peso ou até mesmo dormir no sofá podem causar problemas vertebrais. O mesmo ocorre numa queda, em acidentes (especialmente acidentes de carro), praticando esportes, etc. Em crianças, subluxações podem acontecer já durante o trabalho de parto, ou durante o crescimento, enquanto aprendem a caminhar ou quando efetuam suas atividades cotidianas.

Que Sinais Indicariam que Pode Haver Subluxações em Minha Coluna?

Sintomas como enxaquecas, dores nas costas, endurecimento do pescoço, dor nos ombros, braços ou pernas, formigamento ou diminuição da sensibilidade e da força muscular em suas mãos ou pés, ou mesmo irritabilidade sem motivo são os sinais mais comuns de subluxações. Mas lembre-se, a maioria das pessoas terá uma subluxação bem antes de notarem qualquer sintoma.

Como as Subluxações são Corrigidas?

Seu quiropraxista reduzirá e corrigirá as subluxações com ajustes altamente qualificados para sua coluna vertebral. Se as subluxações forem recentes, você pode precisar só de alguns ajustes. Porém, subluxações de longo prazo, crônicas, requererão ajustes mais freqüentes para manter as áreas corrigidas e assegurar que elas estão se mantendo em suas posições corretas. Com suas subluxações corrigidas, seu sistema nervoso voltará a funcionar corretamente novamente e seu corpo agradecerá. 

Como eu Posso Evitar as Subluxações?

Se você quer impedir que as subluxações retornem, ou que novas se desenvolvam, é melhor passar por ajustes periódicos. Combinados com uma dieta sensata e exercícios moderados, o cuidado quiroprático pode lhe ajudar a desfrutar de melhor saúde para o resto de sua vida. 


SUBLUXAÇÕES LHE IMPEDEM DE DESFRUTAR
DE UMA SAÚDE PERFEITA.
SEU QUIROPRAXISTA
É TREINADO PARA CORRIGI-LAS.



QUIROPRAXIA: UMA MANEIRA INTELIGENTE DE CUIDAR DA SAÚDE DE SUA COLUNA

A coluna vertebral abriga e protege os nervos que controlam todos os órgãos e estruturas do corpo, por isso problemas de coluna podem afetar a saúde do corpo todo.

Uma vértebra desalinhada pode ser a causa de uma doença à medida que ocasiona uma pressão constante na raiz do nervo espinhal. Este nervo passa a ter mau funcionamento, gerando dor e posteriormente problemas nos órgãos. Conforme o quiropraxista, Kleber Prianti Fontolan, o sistema nervoso é a chave da vida, controlando todo o corpo, por isso dizemos que uma coluna bem alinhada produz um organismo saudável.

O quiropraxista é habilitado para corrigir os desalinhamentos da coluna, regularizando o fluxo neurológico e restaurando a saúde. Para determinar o tipo de tratamento mais adequado para a solução do problema do paciente são realizados exames físicos, ortopédicos, neurológicos e quiropráticos.

Para realizar os ajustes o quiropraxista utiliza as mãos e conforme a necessidade pode utilizar alguma instrumentação especifica. 

A quiropraxia é uma profissão amplamente reconhecida nos paises desenvolvidos como um método altamente eficiente e natural de cuidar da saúde. Essa ciência já conhecida e utilizada em todo o mundo há mais de 100 anos, é nos EUA a segunda profissão na área da saúde mais procurada pelos americanos. 

É indicada para diferentes situações, como dores em qualquer região da coluna e problemas degenerativos, como hérnia de disco, bico de papagaio e artrose. Também é eficaz no tratamento de dores nas articulações periféricas, como ombros, cotovelos, punhos, mãos, joelhos, tornozelos e pés. O ajustamento articular também pode influenciar em algumas outras disfunções como artrites, cefaléia, labirintites, ciática, cólicas menstruais e infantis, incontinência urinária, insônia, asma, fibromialgia, diabetes, constipação intestinal, pressão arterial e disfunção da articulação temporo-mandibular.

Jornal ZH 06/nov/2006




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QUIROPRAXIA, QUAL SEU OBJETIVO?

Terça, 2 de Março de 2004


Para entender a dor e porque um quiropraxista pode ajudar a aliviá-la, precisamos antes de tudo entender um pouco sobre como funciona o sistema nervoso e como a informação da dor é transmitida para o cérebro. Se pudesse observar uma célula nervosa no microscópio, veria pequenas fibras semelhantes a raízes que se projetam a partir do corpo celular. Estas estruturas são chamadas de dendritos. Na outra extremidade da célula, veria uma estrutura longa, fina, muito semelhante a uma corda, chamada de axônio. Células nervosas se interligam através desses axônios e dendritos, mas não apresentam contato físico verdadeiro. Quando uma célula nervosa registra dor, esta informação é transmitida ao longo do axônio e através do espaço entre o axônio e os dendritos da próxima célula nervosa via impulsos eletroquímicos ou neurotransmissores. Uma vez que esses dendritos recebem o sinal, eles o encaminham para o axônio na outra extremidade da célula, e, deste modo, a cadeia de comunicação entre o local da dor e o cérebro continua (lembre-se que todo esse processo acontece quase instantaneamente).
Os nervos do nosso corpo têm várias funções. Alguns nervos são sensíveis à dor (nociceptores) pertencentes à classe C. Esses nervos são menores, e formam cadeias mais primitivas de células nervosas. Essas células liberam uma substância química chamada de substância P, além de vários outros neurotransmissores, quando estimuladas pela dor. A mensagem da dor é carregada pela substância P de célula nervosa em célula nervosa, através de seus dendritos e axônios, até chegar ao corno dorsal. Esta é uma parte da medula espinhal que é responsável por receber dados de todos os nervos sensitivos. Partindo do corno dorsal, a informação é levada ao tálamo, uma estrutura localizada profundamente no cérebro. O tálamo, por sua vez, é responsável por receber toda a informação sensorial e enviá-la ao córtex cerebral (o córtex de projeção sensorial primária). Com a chegada de substância P ao tálamo, nosso cérebro entende a mensagem de que o corpo está sentindo algum tipo de dor. Com essa informação o cérebro pode então comandar o nosso corpo para que algo seja feito a respeito da dor.
Tratar dor crônica com medicação ou cirurgia é muitas vezes ineficaz, ou pior, pode até causar mais dano do que a queixa inicial. Até poucos anos atrás, repouso e medicação antiinflamatória compunham a prescrição padrão para dor nas costas. É importante lembrar que existem situações nas quais cirurgia pode ser necessária para a resolução de algumas dores crônicas, mas também é importante saber que cada vez mais as pesquisas sobre este assunto têm mostrado que tais intervenções heróicas são menos necessárias do que antes se pensava. 
A maior parte das drogas contra dor tem como objetivo impedir os receptores de dor de realizarem sua função ao intervirem em alguma parte do ciclo de formação da dor que foi descrito acima. Existem drogas opiáceas, como a morfina, os salicilatos como a aspirina e outras drogas antiinflamatórias não esteróides (AINEs). Essas drogas são imitações grosseiras das substâncias químicas supressoras da dor, naturalmente presentes no nosso corpo. Infelizmente, essas imitações geralmente têm efeitos adversos indesejáveis importantes. Por exemplo, 76 mil pessoas por ano nos Estados Unidos são hospitalizadas e 16.500 pessoas morrem devido ao uso de AINEs.
Por mais estranho que possa parecer, o objetivo principal do seu quiropraxista não é aliviar a dor. O seu alívio é, na verdade uma feliz conseqüência do cuidado quiropráxico natural e visa corrigir a interferência mecânica sobre o sistema neurológico e restaurar a função normal da região que causou a sua dor. Utilizando os resultados do exame físico, ortopédico, neurológico, da avaliação quiropráxica, análise postural, do exame de sangue, raio X e da ressonância magnética, seu quiropraxista localizará a região da disfunção e poderá promover o alinhamento articular fisiológico usando técnicas manuais e equipamento especializado, único ao profissional quiropraxista.
A chave para a verdadeira recuperação é o restabelecimento da função. A melhor maneira de aliviar a dor das costas é a movimentação do paciente, que ajuda a restaurar a função normal dos ossos, músculos e tecido conjuntivo. Basicamente esta tem sido a técnica utilizada por quiropraxistas há décadas, mas o funcionamento que o quiropraxista quer restaurar é mais sutil do que os médicos convencionais querem reconhecer. Quando lidamos com a dor no sistema neuromuscular através da quiropraxia, que tem seu enfoque na restauração da função ao invés do tratamento da dor, ela desaparece sem haver necessidade de drogas ou cirurgia. 
Se você estiver sentindo dor, procure antes um doutor quiropraxista. Caso durante os exames seja constatado que a sua dor está fora do alcance da prática quiropraxista, seu doutor irá encaminhá-lo para o profissional mais adequado para as suas necessidades.
O que é: A quiropraxia dedica-se à prevenção, diagnóstico e tratamento de dores e outras alterações do sistema neuro-músculo-esquelético, ou seja, o tratamento de problemas de articulações, músculos, tendões, nervos e outras estruturas. Vários métodos terapêuticos são utilizados, destacando-se técnicas específicas de terapia manual, em especial o ajustamento articular.
Fonte: Everett Langhans – Quiropraxista



QUE A QUIROPRAXIA PODE FAZER POR MIM?

A QUIROPRAXIA é uma ciência de saúde natural baseada no conceito de que a boa saúde é resultado do funcionamento normal do corpo, especialmente do sistema nervoso.
Seu cérebro é como uma bateria: ele cria energia química, a qual é transmitida através do sistema . Ele é similar ao sistema elétrico de sua casa ou carro. Se uma vértebra estiver fora da sua posição normal, o nervo naquele nível ficará irritado. A quantidade de corrente que flui para a parte do corpo alimentada por aquele nervo será reduzida ou aumentada. Isso pode ou não causar sintomas. 

Se você comprimir um nervo, sentirá dor. Se você comprimir um nervo que faz um músculo trabalhar, o músculo pode sofrer um espasmo ou ficar mais fraco. Se você comprimir um nervo que faz funcionar um órgão interno, aquele órgão pode não funcionar adequadamente. 

Assim como uma lâmpada precisa de eletricidade para fornecer luz, as partes do seu corpo precisam da energia nervosa para serem capazes de funcionar. Muitas vezes a perda da função é tão pequena que passa desapercebida. Gradualmente, a medida que as vértebras deslizam lentamente para fora de sua posição ou ficam fixadas, os nervos passam a transmitir uma quantidade inadequada de energia. Então, muitas vezes nos espantamos como podemos ficar tão rígidos ou como nossas costas começam a doer "de uma hora para outra". Embora relaxantes musculares, analgésicos e antiinflamatórios mascarem os sintomas, eles não podem restabelecer o poder natural de cura do corpo!\\





QUIROPRAXIA, QUAL SEU OBJETIVO?

Terça, 2 de Março de 2004


Para entender a dor e porque um quiropraxista pode ajudar a aliviá-la, precisamos antes de tudo entender um pouco sobre como funciona o sistema nervoso e como a informação da dor é transmitida para o cérebro. Se pudesse observar uma célula nervosa no microscópio, veria pequenas fibras semelhantes a raízes que se projetam a partir do corpo celular. Estas estruturas são chamadas de dendritos. Na outra extremidade da célula, veria uma estrutura longa, fina, muito semelhante a uma corda, chamada de axônio. Células nervosas se interligam através desses axônios e dendritos, mas não apresentam contato físico verdadeiro. Quando uma célula nervosa registra dor, esta informação é transmitida ao longo do axônio e através do espaço entre o axônio e os dendritos da próxima célula nervosa via impulsos eletroquímicos ou neurotransmissores. Uma vez que esses dendritos recebem o sinal, eles o encaminham para o axônio na outra extremidade da célula, e, deste modo, a cadeia de comunicação entre o local da dor e o cérebro continua (lembre-se que todo esse processo acontece quase instantaneamente).
Os nervos do nosso corpo têm várias funções. Alguns nervos são sensíveis à dor (nociceptores) pertencentes à classe C. Esses nervos são menores, e formam cadeias mais primitivas de células nervosas. Essas células liberam uma substância química chamada de substância P, além de vários outros neurotransmissores, quando estimuladas pela dor. A mensagem da dor é carregada pela substância P de célula nervosa em célula nervosa, através de seus dendritos e axônios, até chegar ao corno dorsal. Esta é uma parte da medula espinhal que é responsável por receber dados de todos os nervos sensitivos. Partindo do corno dorsal, a informação é levada ao tálamo, uma estrutura localizada profundamente no cérebro. O tálamo, por sua vez, é responsável por receber toda a informação sensorial e enviá-la ao córtex cerebral (o córtex de projeção sensorial primária). Com a chegada de substância P ao tálamo, nosso cérebro entende a mensagem de que o corpo está sentindo algum tipo de dor. Com essa informação o cérebro pode então comandar o nosso corpo para que algo seja feito a respeito da dor.
Tratar dor crônica com medicação ou cirurgia é muitas vezes ineficaz, ou pior, pode até causar mais dano do que a queixa inicial. Até poucos anos atrás, repouso e medicação antiinflamatória compunham a prescrição padrão para dor nas costas. É importante lembrar que existem situações nas quais cirurgia pode ser necessária para a resolução de algumas dores crônicas, mas também é importante saber que cada vez mais as pesquisas sobre este assunto têm mostrado que tais intervenções heróicas são menos necessárias do que antes se pensava. 
A maior parte das drogas contra dor tem como objetivo impedir os receptores de dor de realizarem sua função ao intervirem em alguma parte do ciclo de formação da dor que foi descrito acima. Existem drogas opiáceas, como a morfina, os salicilatos como a aspirina e outras drogas antiinflamatórias não esteróides (AINEs). Essas drogas são imitações grosseiras das substâncias químicas supressoras da dor, naturalmente presentes no nosso corpo. Infelizmente, essas imitações geralmente têm efeitos adversos indesejáveis importantes. Por exemplo, 76 mil pessoas por ano nos Estados Unidos são hospitalizadas e 16.500 pessoas morrem devido ao uso de AINEs.
Por mais estranho que possa parecer, o objetivo principal do seu quiropraxista não é aliviar a dor. O seu alívio é, na verdade uma feliz conseqüência do cuidado quiropráxico natural e visa corrigir a interferência mecânica sobre o sistema neurológico e restaurar a função normal da região que causou a sua dor. Utilizando os resultados do exame físico, ortopédico, neurológico, da avaliação quiropráxica, análise postural, do exame de sangue, raio X e da ressonância magnética, seu quiropraxista localizará a região da disfunção e poderá promover o alinhamento articular fisiológico usando técnicas manuais e equipamento especializado, único ao profissional quiropraxista.
A chave para a verdadeira recuperação é o restabelecimento da função. A melhor maneira de aliviar a dor das costas é a movimentação do paciente, que ajuda a restaurar a função normal dos ossos, músculos e tecido conjuntivo. Basicamente esta tem sido a técnica utilizada por quiropraxistas há décadas, mas o funcionamento que o quiropraxista quer restaurar é mais sutil do que os médicos convencionais querem reconhecer. Quando lidamos com a dor no sistema neuromuscular através da quiropraxia, que tem seu enfoque na restauração da função ao invés do tratamento da dor, ela desaparece sem haver necessidade de drogas ou cirurgia. 
Se você estiver sentindo dor, procure antes um doutor quiropraxista. Caso durante os exames seja constatado que a sua dor está fora do alcance da prática quiropraxista, seu doutor irá encaminhá-lo para o profissional mais adequado para as suas necessidades.
O que é: A quiropraxia dedica-se à prevenção, diagnóstico e tratamento de dores e outras alterações do sistema neuro-músculo-esquelético, ou seja, o tratamento de problemas de articulações, músculos, tendões, nervos e outras estruturas. Vários métodos terapêuticos são utilizados, destacando-se técnicas específicas de terapia manual, em especial o ajustamento articular.
Fonte: Everett Langhans – Quiropraxista





A QUIROPRAXIA COMO CIÊNCIA

Dr. Ricardo Fujikawa é médico formado pela Faculdade de Medicina de Marília – SP, com residência em Medicina Interna e Hematologia/Hemoterapia. Atualmente é aluno do curso de graduação no programa de Doctor of Chiropractic (DC) e membro da diretoria da ABQ, com sede em Devenport, Iowa, EUA.

A Quiropraxia é uma das profissões na área da Saúde que mais cresce nos Estados Unidos atualmente. Já é a segunda em posição, superada apenas pela medicina.
A Quiropraxia (do grego Quiros = mãos e Praxis = exercer, praticar), embora praticada anteriormente por diversos povos da antiguidade e até mencionada por Hipócrates, surgiu como ciência em 1895.

Daniel David Palmer, um imigrante canadense, estabeleceu-se como magneto-terapeuta na cidade de Davenport, Iowa. Em 1895, veio-lhe um paciente por nome Harvey Lillard, zelador do prédio onde trabalhava. O Sr. Lillard vinha com uma queixa de que desde que havia carregado um peso e que havia tido um "estralo" nas costas, havia perdido a audição. Ao examiná-lo, DDPalmer encontrou um "calombo" nas costas do Sr Lillard.
Ao examiná-lo com mais cuidado, notou-se tratar de um desalinhamento na coluna espinhal. Utilizando o processo espinhoso como alavanca, DDPalmer moveu a vértebra para o lugar de origem. Após alguns dias, o Sr. Lillard voltou a ouvir. De DDPalmer, a Quiropraxia passou para o controle de seu filho, Joshua Bartlett Palmer (conhecido por BJ).
Ele desenvolveu todas as pesquisas em torno da Quiropraxia. Sua esposa, Mabel Heath Palmer, a primeira Quiropraxista, escreveu o primeiro livro de anatomia humana direcionado a Quiropraxia. Desde então, a Quiropraxia tem-se desenvolvido dentro de sua peculiar Filosofia-Arte-Ciência.
BJ fundou em Davenport,Iowa, a Palmer School of Chiropractic, que atualmente é conhecida como Palmer University. A profissão é legalizada e licenciada nos EUA e em mais diversos países, onde os Quiropraxistas são considerados como profisionais de atenção primária na área da Saúde.
O Quiropraxista tem por princípio, localizar subluxações na coluna espinhal, que constituem-se em desalinhamentos que sofrem as vértebras, associadas com compressão de estruturas do sistema nervoso, e lesões a nível tissular *¹.
Tais subluxações *² causam interferência com o Sistema Nervoso, impedindo uma comunicação apropriada para com os órgãos e sistemas periféricos. Com ajustes manuais, tais interferências são removidas, permitindo que o Sistema Nervoso tenha plena comunicação com organismo, buscando assim seu estado de equilíbrio - HOMEOSTASE.

Artigos científicos comprovam a eficácia dos ajustes quiropráxicos, demonstrando também melhora considerável em patologias neuromusculares, como lombalgias, cefaléias, lesões cervicais em "chicote", ciatalgias, etc. Tais trabalhos científicos, dão base aos princípios da Quiropraxia como ciência.
A Organizacao Mundial da Saúde reconhece a Quiropraxia como profissão, sendo que a Federação Mundial de Quiropraxia (WCF) possui representação junto a OMS.

No Brasil, ainda não há legalização da profissão. Sabemos que existem 8 Quiropraxistas no País, todos formados por instituiçõees norte-americanas. A Quiropraxia é representada no Brasil pela ABQ e ABEQ (Associação Brasileira de Quiropraxia e Associação Brasileira dos Estudantes de Quiropraxia), sendo que há 2 anos, a Palmer University associou-se com a Feevale-Aspeur de Nova Hamburgo, RS, onde iniciou o primeiro curso de pós-graduação em Quiropraxia para profissionais da área da Saúde, e em 2000, iniciará o primeiro curso de graduação, com duração de 5 anos. O curriculo básico está em estudo.
Nos Estados Unidos
, o curriculo consiste basicamente das seguintes disciplinas: Anatomia Humana, Neuroanatomia, Bioquímica, Neurofisiologia, Fisiologia Geral, Anatomia Patológica, Microbiologia/Imunologia, Filosofia da Quiropraxia, Ética, Estudo dos Problemas Brasileiros, Biomecânica, Radiologia, Semiologia Médica, Sistema Neuromusculoesqueletico, Técnica Cervical, Técnica Toggle, Técnica Toraco-lombar, Técnica Pélvica, Ajustes de Extremidades, Internato Clínico, Jurisprudência, Análise Laboratorial.

Há uma associação profissional, a Associação Nacional de Quiropatia, que congrega profissionais formados pelo curso livre de Quiropatia ministrado pelo Instituto Brasileiro de Quiropatia. Estes profissionais em geral possuem um diploma na área das ciências da Saúde e fizeram o curso onde aprenderam algumas das técnicas da Quiropraxia. A visão para o futuro é a unificação dos profissionais dentro de um padrão de formação que permita ao indivíduo praticar a Quiropraxia de maneira exclusiva, como profissional liberal e provedor primário na área da Saúde.
A Quiropraxia não visa o tratamento de doenças como entidades isoladas, mas sim a Manutenção do Estado de Saúde Plena.
*¹Termo empregado para designar alterações degenerativas dos tecidos em geral.

*²Termo utilizado pela ciência Quiropráxica para designar a oclusão de uma abertura causada por desalinhamento de vértebra(s) principalmente, levando a compressão de estruturas nervosas, interferindo com o fluxo de neuro-impulsos 

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